Trabalhadores protestam na assembleia de acionistas da Copel por falta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR)

AVISO DE PAUTA

Trabalhadores protestam na assembleia de acionistas da Copel por falta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR)

 

Quando: Quinta-feira (25), às 13h

Onde: Sede da Copel, na Rua Coronel Dulcídio, 800, Batel

Informações: Ulisses Kaniak, presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná – (41) 9954 8585

A lei federal 10.101/2000, que regulamenta a distribuição de lucros aos trabalhadores, diz o seguinte: “A participação nos lucros ou resultados será objeto de negociação entre a empresa e seus empregados”. Na Copel, porém, faz dois anos que a lei é ignorada pela direção. Em vez de negociar com sindicatos e trabalhadores, a empresa, de forma unilateral, baixou drasticamente o montante distribuído em 2012.

Para “compensar”, criou o que chama de “prêmio-desempenho”. Mas, para os sindicatos que representam os copelianos, ele é uma “bondade”, um “favor” da direção, que pode ser extinta a qualquer momento. Ao contrário da PLR, que é regida por lei. Numa sociedade madura e democrática, trabalhador não quer “favor”. Quer respeito. Exige ser tratado com o valor que tem. Exige o que é seu direito – se sentar à mesa, na mesma altura do patrão, para negociar a PLR.

Para que diretores e acionistas da Copel se lembrem disso, os sindicatos convocaram uma manifestação para esta quinta-feira (25), a partir das 13h, em frente à sede da Coronel Dulcídio. Ali, a partir das 14h30, será realizada a Assembleia Geral Ordinária de acionistas.

Saiba mais – A PLR dos copelianos, que já correspondeu a 25% dos dividendos pagos aos acionistas em 2005, atualmente equivale a apenas 10% do que embolsam os donos de papéis da Copel.

A conclusão vem de levantamento realizado pelos sindicatos que defendem os trabalhadores em documentos disponíveis no site da empresa – o Manual para Assembleia Geral Ordinária 2013 e as Atas de Assembleias.

Na análise, é possível perceber que a fatia dos acionistas saltou de 25% do lucro líquido, em 2005, para cerca de 38%, ano passado. A PLR, que já correspondeu a até 7% do lucro líquido, caiu para cerca de 4%. É a relação entre as duas coisas que explica que, em 2012, a cada real pago ao copeliano, o mercado financeiro recebeu dez reais. Em 2005, essa proporção era de um real para nós a cada quatro reais distribuídos aos proprietários de ações.
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