Visão de uma equipe Vencedora no Hackathon Copel 2022

“Scorpions” teve monitoria dos engenheiros Sérgio Inácio e Frank Toshioka

Estudantes de engenharia do IFPR Paranavaí ficam em segundo lugar. Foto: Divulgação
Comunicação
01.DEZ.2022

Quer boas notícias vindas da Copel? A Maratona Hackathon Copel aconteceu no fim de semana (26 e 27/11/22) no Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), em Curitiba, e recebeu alunos de 13 cidades que cursam a partir do segundo ano ou terceiro período de engenharia, além de alunos de cursos de pós-graduação. O evento, promovido e organizado pela Copel Distribuição, contou com a participação de mentorias de especialistas do setor de distribuição de energia elétrica.

O desafio proposto pela Copel foi a expansão das redes elétricas inteligentes dentro de quatro trilhas propostas para o desenvolvimento de soluções:

•Aumentar Eficiência dos Processos Internos da Copel Distribuição

•Beneficiar o Consumidor de Energia Elétrica

•Buscar novas receitas para os negócios da Copel

•Através da aceleração da transformação digital dos clientes

Das mais de 40 equipes inscritas, sete foram selecionadas para a final e as três primeiros colocadAs foram premiadAs com bicicletas elétricas, notebooks e relógios digitais, participação de estágio dentro da Copel e Participação na implantação do projeto.

Cada equipe era composta por cinco estudantes. Além de universitários da Capital, participam estudantes de Apucarana, Campo Mourão, Cascavel, Cornélio Procópio, Foz do Iguaçu, Maringá, Medianeira, Palotina, Paranavaí, Pato Branco, Ponta Grossa e Toledo.

EQUIPE SCORPIONS, DO IFPR DE PARANAVAÍ, FICA EM SEGUNDO LUGAR

Um dos destaques do evento foi a equipe Scorpions, do IFPR de Paranavaí, que ficou em segundo lugar. Ela foi formada por Diogo M. França, 2º ano de Engenharia de Software; Felipe Zandoná, 2º ano de Engenharia Elétrica; Gabriel Silva, 2º ano de Engenharia de Software; Leonardo Sarto, 2º ano de Engenharia de Software; e Renan Souto, 3º ano de Engenharia Elétrica.

Figura 1 – Equipe Scorpions: da esquerda para a direita: Diogo, Gabriel, Leonardo e Felipe; Agachado: Renan

A equipe encarou o desafio de responder várias perguntas sobre a rotina desde a saída de Paranavaí, o triunfo do vice-campeonato e o retorno à Paranavaí. Um detalhe interessante, é que os participantes são alunos do Engenheiro Eletricista Sérgio Inácio Gomes, autor do livro “A Copel é nossa” e, durante o evento, conheceram o Engenheiro Eletricista Frank Toshioka, que já foram Conselheiros do CREA, modalidade Elétrica e representando o Senge-PR.

O SENGE INOVAÇÃO E JOVEM entrevistou a equipe. Confira:

SENGE INOVAÇÃO/JOVEM: A equipe já se conhecia antes do evento?
EQUIPE SCORPIONS: Nem todos os integrantes da equipe se conheciam. Alguns membros, Leonardo, Diogo e Gabriel estudam na mesma turma, no período noturno, portanto se conhecem e convivem diariamente. Já Renan e Felipe fazem outro curso, no período diurno, porém são de turmas distintas, se conhecem, mas não convivem diariamente. Devido a estudarem em períodos diferentes, os alunos do primeiro grupo não conheciam os alunos do segundo grupo.

SENGE INOVAÇÃO/JOVEM: Como foi o deslocamento até o local? Transporte foi da própria Faculdade?

ES: O deslocamento fornecido pela Copel foi realizado em um ônibus de excelente qualidade, muito seguro e confortável, com cinto de segurança em todos os assentos, ar condicionado e wi-fi. Foi uma etapa muito tranquila e divertida do evento.

SENGE INOVAÇÃO/JOVEM: Por que o nome Scorpions?

ES: O nome foi escolhido devido ao escorpião ser um animal que possui o veneno com uma ótima eficiência e velocidade de propagação condizente com a solução proposta pela equipe.

SENGE INOVAÇÃO/JOVEM: A equipe já havia participado anteriormente de outro Hackathon?

ES: Hackathon não. Apenas o membro Diogo participa atualmente do programa de empreendedorismo Garage Tech do Sebrae em parceria com o IFPR, que possui um modelo muito parecido a um hackathon, voltado ao desenvolvimento de uma solução no modelo de startups.

SENGE INOVAÇÃO/JOVEM: Da primeira entrega da ideia do projeto houve muitas dificuldades?

ES: Como foi oferecido treinamento no sábado e domingo, dias 18 e 19/11 respectivamente, para preparar os participantes para o modelo do evento que é voltado ao desenvolvimento de startups, não foi difícil fazer a primeira entrega, já que a equipe já havia se organizado para trabalhar sobre os problemas apresentados pela Copel e havia desenvolvido um esboço da solução antes mesmo do início efetivo do evento.

SENGE INOVAÇÃO/JOVEM: Pode nos contar um pouco da prototipagem? Deu tempo de programar?

ES: No decorrer do desenvolvimento da ideia foram surgindo novos insights sobre o que seria feito, além da análise que foi realizada no APP que a Copel oferece atualmente na Play Store. A partir daí não foi difícil fazer o código do produto, já que o design base já existia e a equipe apenas aprimorou o produto que a companhia já oferecia. Nessa etapa foi utilizada uma ferramenta chamada Flutter que possui modelos já criados pela Google através do Material Design, o que facilitou muito o trabalho, já que basta conhecer a linguagem da ferramenta e “acoplar e estilizar” os elementos que ela oferece, tarefa muito similar à montagem de um Lego.

Engenheiros Eletricistas Frank Toshioka e Sergio Inácio Gomes

SENGE INOVAÇÃO/JOVEM: Pode nos contar sobre o papel dos mentores ou tutores durante o evento?

ES: Os tutores fizeram seu papel com muita excelência e vontade, todos se mostraram abertos a dar suas sugestões para a proposta o que agregou muito valor ao resultado final, sem a contribuição deles talvez a equipe não conseguisse seguir o mesmo caminho no desenvolvimento do projeto, que foi de certa forma um sucesso e garantiu um lugar no pódio.

SENGE INOVAÇÃO/JOVEM: Como foi a construção dos materiais do Pitch? Houve alguma reviravolta?

ES: Houve uma reviravolta nesta etapa. Como a Copel é uma empresa estatal, o que a limita na execução de algumas estratégias de marketing e vendas, foi difícil desenvolver um material com uma proposta que se ajustasse ao modelo de negócio da companhia. Devido a isto, tiveram várias alterações na apresentação da equipe, que foi se ajustando no decorrer do hackathon.

SENGE INOVAÇÃO/JOVEM: Deu tempo de treinar antes da apresentação do Pitch de 5 minutos?

ES: Deu sim, porém foi difícil decidir quem faria a apresentação, primeiro todos concordaram que Leonardo e o Felipe apresentariam para a banca, mas nos últimos minutos antes da apresentação todos decidiram que somente Leonardo apresentaria, já que ele possui prática nessa tarefa e bastante desenvoltura, pois é acostumado a realizar apresentações ao público do IFPR.

SENGE INOVAÇÃO/JOVEM: Como foi a sensação da equipe no anúncio dos 3 vencedores? 

ES: Estávamos ansiosos e felizes de já estar entre os sete colocados, com certa confiança. Porém, como várias ideias dos concorrentes eram muito boas havia um pouco de receio também, quando foi anunciado o segundo lugar todo aquele frio na barriga se transformou em felicidade ao saber que foram reconhecidos nossos esforços, uma sensação difícil de descrever em palavras.

SENGE INOVAÇÃO/JOVEM: Já sabem o que vão fazer com os prêmios?

ES:  Alguns integrantes irão utilizá-lo para se deslocar para o Instituto durante a graduação.

SENGE INOVAÇÃO/JOVEM: Segundo regulamento, um dos prêmios é fazer estágio na Copel? Todos irão encarar este desafio?

ES: Essa é uma decisão muito difícil para alguns membros da equipe já que eles estão empregados e terão que decidir entre se manterem no emprego atual ou mudar de empresa. A proposta do estágio, que é a de trabalhar no desenvolvimento da própria ideia, é uma tentação para aqueles que estão empregados, já que trabalhar em algo da própria autoria torna o trabalho diário muito mais prazeroso. Os que não estão empregados atualmente, ou que participam em projeto de extensão, não veem a hora de começar no estágio e aguardam apreensivamente o contato da Copel para darem início ao processo de contratação.

SENGE INOVAÇÃO/JOVEM: Qual a lição que fica depois do evento?

ES: O evento, mesmo que não tivéssemos levado a premiação principal, foi de suma importância para o aprendizado pessoal e profissional, conhecer pessoas novas e visões diferentes, ter que desenvolver uma ideia em um prazo pequeno, o pitch que foi um desafio em como ser feito para levar o total potencial do projeto em 3 minutos, tudo foi um desafio, mas com grande satisfação em ser realizado.

SENGE INOVAÇÃO/JOVEM: Qual a principal dica de uma equipe vencedora de um Hackathon?

ES: União com o grupo, como temos pouco tempo para discutir, mostrar suas ideias e opiniões, mas sempre com respeito com os colegas, ir fundo no projeto sem desistir e usufruir o máximo dos tutores e mentores que tem muito a agregar a todos e sempre com vontade em ajudar.

SENGE INOVAÇÃO/JOVEM: O Engenheiro Eletricista Sergio Inacio Gomes, que é professor de vocês é aposentado da Copel e o Engenheiro Eletricista e Copeliano Frank Toshioka foi um dos Tutores do Hackathon Copel 2022. Podem comentar um pouco sobre o papel dos professores, mentores e tutores no desenvolvimento pessoal e profissional de cada um de vocês.

ES: O professor Sérgio Inácio é um dos professores mais experientes da nossa Instituição e possui anos de carreira como engenheiro eletricista, o que nos faz ter uma visão ampla de mundo dentro da nossa área e nos ajuda a entender e saber escolher nosso caminho como futuros engenheiros.

Logo no início do evento, ao chegarmos em Curitiba conhecemos o mentor Frank Toshioka, foi nesse momento que apresentamos a ele a nossa proposta e imediatamente foi possível notar o interesse dele pela ideia, sua paixão por tecnologia e sua clara disposição em nos ajudar a desenvolvê-la, compartilhando conosco seu vasto conhecimento sobre a área. A partir daí, apesar de termos acabado de nos conhecer e do curto tempo que tínhamos para trabalhar no projeto, formamos um vínculo de amizade e companheirismo que continua se desenvolvendo após o evento. Esperamos manter esse vínculo que tem sido muito bom para nós enquanto aprendizes, e esperamos que este perdure por muito tempo no desenrolar da nossa carreira, tanto dentro da Copel como estagiários, quanto fora dela.Sendo assim torna-se evidente o importante papel que professores e mentores desempenham no desenvolvimento profissional e pessoal dos estudantes universitários além de evidenciar a importância de um bom networking para o crescimento profissional.

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