Homem simples, de inteligência rara, sorriso largo, alegria contagiante e de simpatia ímpar. Claudinei fez história e deixará saudades e a sua marca na luta árdua por uma sociedade mais justa, fraterna e humanitária. Ele foi mais uma vítima da Covid-19, que já levou quase 500 mil brasileiros e contaminou 17,4 milhões de pessoas.
Claudinei Antonio Minchio faleceu aos 56 anos no último dia 12/06, às 18h30, no Hospital Paraná, em Maringá. Ele deixou a esposa Neusa Savaris Minchio e 2 filhas, Beatriz e Luisa. Nascido em Ribeirão Preto (SP) em 15 de abril de 1965, cursou agronomia na UNESP, Campo Jaboticabal e se tornou mestre e doutor em fitopatologia pela Universidade de Londrina – UEL.
Sindicalista , atuou na Regional do Senge de Campo Mourão, sendo Diretor Regional para Assuntos de Secretaria 1999-2002, Diretor Regional 2002-2005 e compôs o time de Diretores Adjuntos – 2005 – 2008. Foi um dos diretores mais atuantes da regional, tanto nas questões profissionais, sociais, como ambientais, onde participou ativamente nas Audiências Públicas de Restrição e Proibição do uso de certos agrotóxicos, realizadas nas Câmaras Municipais de vários municípios do Paraná.
Ele foi conselheiro do CREA na CEA da entidade de janeiro de 2007 a janeiro de 2008. Na EMATER-PR, trabalhou no escritório local de Mamborê, Altamira, Peabiru, Engenheiro Beltrão e atualmente em São Jorge do Ivaí.
Lutador das causas sociais
Claudinei dedicou a sua vida às causas sociais. Defensor ativo e apoiador da Reforma Agrária, quando se formou foi trabalhar no Maranhão nos assentamentos. Ele foi uma grande liderança política do município de Peabiru, no Paraná. Petista, concorreu em cinco eleições à Prefeitura de Peabiru, sendo eleito em 2012. A sua morte é lamentada por figuras importantes, como o deputado federal Enio Verri. “Infelizmente, mais uma vítima do atraso das políticas públicas de saúde no nosso país e da falta de vacinas para imunizar a população”.
Atuante na política de Peabiru, Minchio enfrentou os poderes judiciários e os grupos políticos locais. Foi perseguido de várias maneiras pelos grupos econômicos e políticos de Peabiru, sofrendo atentado a balas em sua residência, colocando em risco sua vida e de sua família.
Se mudou para Maringá após ser transferido pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (Iapar-Emater), onde era servidor desde 1992.