Mais de 22,84%. Este é o montante que os sindicatos cobram que o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) pague aos seus funcionários. O índice contabiliza os reajustes atrasados dos anos de 2020, 2021 e, agora, 2022. Em ofício encaminhado ao diretor financeiro, Sindaspp, Senge-PR e Sinquim solicitam que a empresa encaminhe imediatamente o pedido ao CCEE (Conselho de Controle das Empresas Estatais).
Esta é a segunda temporada e terceira temporada da série “Salários Atrasados no Tecpar”. A primeira encerrou com o pagamento dos índices atrasados de 3% e 5%. Agora, os funcionários organizados pelos sindicatos aguardam receber os valores não pagos em 2020 (2,05%) e 2021 (8,9%), somados ao índice deste ano, 2022, que fechou em 11,9%.
Na primeira temporada, após forte mobilização da categoria e uma ação judicial, o Tecpar se viu obrigado a honrar o compromisso financeiro. Por outro lado, ainda não respondeu ao ofício encaminhado pelos sindicatos no dia 18 de agosto solicitando “que a empresa encaminhe imediatamente o pedido de autorização do reajuste salarial de 11,9% ao CCEE e a autorização do pagamento imediato dos reajustes de 2,05% e 8,89%”.
Esses últimos índices, inclusive, são alvo de ação judicial apresentada pelo Sindassp. A sentença deve ser proferida no dia 21 de setembro. A percepção, entretanto, é que o Tecpar pode fazer o pagamento antes do processo judicial.
“O certo é que dada a situação, não é possível ficar aguardando decisão de segunda instância e que pelo menos os funcionários tenham os índices incorporados aos salários”, solicita o presidente do Senge-PR, Leandro Grassmann.
Com relação ao índice de 2022, a expectativa é de que o Tecpar pague o valor relativo à data-base, uma vez que o acordo esteja fechado. “Os trabalhadores estão aguardando uma definição de como ficarão os demais índices, haja visto que algumas empresas estão pagando esses reajustes que Tecpar ainda deve”, comenta Ivo Petry, presidente do Sindassp.
ASSEMBLEIA GERAL
Os sindicatos estão convocando os funcionários do Tecpar para uma assembleia geral no dia 14 de setembro, às 14h30. O objetivo é divulgar o resultado da ação judicial, avaliar o processo e deliberar sobre a possibilidade de paralisação ou greve caso o pagamento não seja promovido.
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