A engenheira eletricista Jacqueline Satiko Tsuji teve sua candidatura à uma vaga de engenharia negada pela Agência do Trabalhador de Guarapuava. Jacqueline não atendia a uma das exigência para o preenchimento da vaga, específica para o sexo masculino.
A engenheira denunciou a Agência do Trabalhador ao Ministério Público do Trabalho (MPT), que firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Agência, na qual esta se compromete a não mais divulgar vagas com discriminação de sexo, idade e cor.
O caso da engenheira foi destaque na última edição dominical (6) da Gazeta do Povo. Em entrevista ao jornal, o assessor jurídico da presidência do Senge-PR, Eduardo Faria Silva, ressalta que, apesar do aumento da participação feminina no mercado de trabalho, que cresceu cerca de 130% entre 2003 e 2011, ainda há uma “restrição velada” às mulheres na área.
Segundo a reportagem da Gazeta, o caso de Jaqueline não é único, e choca justamente por expor esta discriminação de forma declarada. “Normalmente dão uma resposta qualquer e a pessoa fica sem saber que não foi contratada pelo seu gênero ou orientação sexual”, denuncia o assessor.