No último domingo, 7 de agosto, foi o aniversário da sanção da Lei 11.340/2006, mais conhecida como Lei Maria da Penha. Em 2022, portanto, a lei completa 16 anos com muitos avanços, alguns retrocessos e muitos desafios. Por isso, o Senge Play na Rádio Cultura 930 AM, celebrou esta conquista e debateu o que ainda precisa melhorar na legislação e nas ações de proteção às mulheres. A conversa aconteceu com Tania Tait, uma das fundadoras da ONG Maria do Ingá (Direitos da Mulher) e do Fórum Maringaense de Mulheres, e com Agatha Branco, engenheira cartógrafa, diretora do Senge e coordenadora do Coletivo de Mulheres do sindicato.
A conversa aconteceu dentro do Agosto Lilás, mês de conscientização sobre a violência contra mulheres. Hoje, a violência contra as mulheres representa uma das principais formas de violação dos Direitos Humanos. Pois, além de contribuir para a desigualdade de gênero, afeta diretamente direitos considerados fundamentais, como o direito à vida, o direito à saúde e à integridade física.
Segundo o “Mapa a vitimização de mulheres no Brasil”, 1 em cada 4 (24,4%) das mulheres brasileiras acima de 16 anos afirmaram ter sofrido algum tipo de violência ou agressão nos últimos 12 meses, durante a pandemia de covid-19. Isso significa dizer que, em média, 17 milhões de mulheres sofreram violência baseada em gênero no último ano.
Para Tania Tait, que é professora aposentada da Universidade Estadual de Maringá, doutora em engenharia de produção com pós-doutorado em História das Mulheres, há muito a se fazer para reduzir a violência doméstica e ampliar direitos. Ela contou como é atuação da ONG Maria do Ingá, que atua na região de Maringá, e o déficit do estado nas políticas públicas.
Já Agatha Branco comentou o trabalho do Coletivo de Mulheres do Senge-PR na promoção da pauta das mulheres. O Coletivo realiza eventos, divulga ações e pauta o assunto no meio da engenharia. Segundo ela, além da violência doméstica, é fundamental combater o machismo e a violência institucional.
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