Programa debateu tarifa e inovação no setor energético 
A conta de luz baixou, mas nem tanto. A redução é efeito da mudança da bandeira. Saiu a vermelha, entrou a verde. Porém, o sinal ainda está vermelho. Novos reajustes estão programados, principalmente porque o Brasil utilizou e segue utilizando energia poluente e cara, como as termelétricas. Mais do que isso, as empresas de energia focam seu trabalho em aumentar o lucro. Quem paga a conta é você. Alternativas? Sim, existem. O programa Senge Play, na Rádio Cultura, tratou de como baratear a energia e também inovar, pensando em energia limpa e modernização.
A nossa conversa ocorreu com:
- Sérgio Ignácio Gomes – engenheiro eletricista e diretor do Senge-PR. Autor do livro “A Copel É Nossa
- Frank Toshioka – engenheiro eletricista e gerente de projetos e autor do livro Mobilidade Elétrica
- Leandro Grassmann – engenheiro eletricista e presidente do Senge-PR
No tema inovação, a conversa abordou o livro “Mobilidade Elétrica”. A obra, da qual Frank é um dos autores, destaca a transição da mobilidade tradicional a combustão para a mobilidade elétrica. Ele também abordou a busca de eficiência energética e preservação ambiental, além da necessidade do aumento dos investimentos para a implantação das smart grids. O engenheiro ainda comentou a respeito do que é GLD (Gestão pelo Lado da Demanda) e como ele pode influenciar na tarifa diferenciada no tempo e na tarifa interruptível.
Quando o assunto foi baratear a tarifa, os engenheiros Leandro Grassmann e Sérgio Ignácio analisaram o contexto atual e a política que envolve a gestão da Copel. Ignácio está produzindo um livro com esse tema. “A Copel é nossa” trata da tentativa de privatização da empresa em 2001 e ainda aborda o que mudou para dentro e para fora da empresa em mais de duas décadas. O autor é defensor de se fazer uma auditoria nos recursos da Copel, principalmente relacionado à composição acionária da empresa de energia, cujas ações entraram na Bolsa de Valores no Governo Jaime Lerner.
Grassmann, por sua vez, analisou que fatores levam a empresa de energia a bater recordes e mais recordes de faturamento, como isso é possível em meio a crise financeira, se a tarifa cobrada dos consumidores é justa e se é possível baixar.
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