SENGE NA REDE | Juros no parcelamento trava o crescimento

Debate esquenta sobre custos para os brasileiros

Comunicação
05.SET.2023

O setor dos banqueiros se beneficia com uma das maiores taxas de juros do mundo. A taxa passa de 400% ao ano e, agora, o Congresso Nacional quer limitar esse ganho a 100%. Como “reação”, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ameaça com a implementação de juros nas compras parceladas. A versão é de que essa artimanha irá conter a inadimplência. A medida tem impacto direto no consumo dos mais pobres e do setor varejista.

A Abrasel reagiu. A manutenção do parcelado é fundamental para o ter um “comércio vivo”. “Só existe bar e restaurante se existir um ecossistema nas ruas, é o comércio ativo e vigoroso que enche os restaurantes”, diz o presidente Paulo Solmucci. Para ele, “a principal causa da inadimplência está no crédito sem responsabilidade, esse excesso de cartões que os bancos emitem”.

Já a FecomercioSP está mobilizando o Poder Público para evitar a extinção da forma de pagamento, que é responsável por metade das operações realizadas via cartão de crédito. “Restringir ou eliminar esse mecanismo pode gerar impactos negativos à economia, reduzindo o consumo, afetando a sustentabilidade de inúmeros negócios”.

A FRASE | “É um sistema generalizado de agiotagem. Literalmente se mete a mão da grana pública com essa taxa Selic. Quando o governo eleva a taxa básica de juros (Selic) para 13,25%, este valor será pago pelo governo, aos detentores privados dos títulos da dívida pública, basicamente os 10% mais ricos da sociedade, usando os impostos que pagamos”, entende o professor titular de pós-graduação da PUC-SP e Construtor da ONU, Ladislau Dowbor.

QUAL É A SUA OPINIÃO?

É correto os juros praticados no Brasil? A melhor forma de reduzir a inadimplência é cobrando juros no parcelamento e até de quem não atrasa o pagamento do crédito?  Como manter o crédito, aquecer o comércio e aumentar o poder de compra da população?

Voltar a Notícias