Unir a garra dos dirigentes e filiados do Senge Jovem à expertise da Ong Teto na promoção de projetos de extensão e de engenharia solidária. O que acha? É algo que está para acontecer logo, se depender do desenrolar da reunião realizada na última semana para debater a parceria.
O objetivo do projeto é aproximar mais os estudantes de várias escolas de engenharia das comunidades em risco no Paraná. São ações desenvolvidas pelo Senge Jovem desde sua criação, e que podem agora ganhar um parceiro de fôlego. As discussões da parceria ainda estão iniciais, mas já se desenham alguns projetos em conjunto.
Em Curitiba, a Ong, que tem amplitude nacional, desenvolve seis projetos em comunidades distintas cultural e economicamente. Assim, em cada uma delas o desenvolvimento dos projetos respeitam as características de cada comunidade, sendo construídas e validadas as ações em conjunto com os moradores.
“É parte da metodologia da Teto onde possui sede ouvir seus moradores, cruzando um senso próprio e a utilização de dados oficiais de governos. Com esses dados que se complementam em mãos podemos juntos com os moradores elaborar uma estratégia para resolver um problema pertinente ao local e fazer o processo de transformação necessário”, afirma a coordenadora regional da Teto e estudante de engenharia civil Isabella Bonatto.
O encontro, na sede regional da Teto, teve a participação, além de Letícia e de Isabella, do dirigente do Senge jovem e estudante de engenharia florestal, Anderson Mendes, e do coordenador da equipe de Gestão Interna da ong, Leonardo Mesquita.
Na reunião foram abordados temas de formação política e cidadã das lideranças comunitárias, através de projetos resulte o empoderamento dos moradores quanto o direito à moradia e regularização fundiária. Outros temas abordados foram o acesso aos serviços públicos como saúde e educação pelas famílias carentes, fomento à educação ambiental, capacitação, emprego e renda e sobre desenvolvimento social, territorial e sustentável.
Assim como a Teto Curitiba, o Senge Jovem PR acredita no trabalho voluntário. Ambas as iniciativas têm experiência em relacionar suas ações do tripé ensino, pesquisa e extensão em favor das comunidades em risco no Paraná.
Para Leonardo Mesquita, da Teto, o estudante procura muitas vezes a Ong para um desafio pessoal através do trabalho voluntário. “O estudante que se torna voluntário procura se diferenciar na formação profissional, mas muito não sabem como fazer isso”.
E é com esse espírito de ir para além dos muros da faculdade e conquistar cada vez mais experiência extra-acadêmica que os estudantes devem se aventurar em ações como a engenharia solidária. “Ver o mundo pela ótica das comunidades é um passo importante para entender que falta melhorar a vida nas cidades através de uma engenharia participativa, mais cidadã”, defende Anderson Mendes, do Senge Jovem.
