Com assessorias | Um dado estarrecedor: mais de 90 mil boletins de ocorrência de violência contra a mulher e 30 mil de violência doméstica foram registrados no Paraná entre janeiro e maio de 2024. Esses dados demonstram que o combate à violência deve ser uma prioridade de toda sociedade. Desde órgãos públicos até agentes privados. É neste sentido de colaboração que a Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi) e o Crea-Pr aderem ao Selo de Boas Práticas no Combate à Violência contra Mulheres junto a empresas públicas e privadas. Ele é promovido pela ABNT e o seu lançamento no estado acontece no próximo dia 13 de agosto, às 9 horas, no Salão de Atos do Palácio Iguaçu.
Os dados são alarmantes. Segundo a Alep, “em relação ao Agosto Lilás, só em relação aos feminicídios, houve 69 mortes no primeiro semestre. Somados aos outros 99 casos de violência que não resultaram na morte das vítimas, o estado acumulou 168 ocorrências no período, segundo maior número dentre os estados brasileiros no semestre, atrás apenas de São Paulo”.
Já o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) tem desenvolvido, em parceria com a Polícia Civil de diversos estados, o combate e prevenção à violência contra a mulher. No estado, na Operação Shamar, a PCPR vai intensificar as ações repressivas de combate à violência doméstica, com apoio das demais forças de segurança do Estado, além da divulgação do sinal de socorro, que pode ser utilizada pelas mulheres em situação de risco.
Empresas públicas e privadas na proteção
Por outro lado, a proteção e a prevenção não devem ficar restritas aos órgãos públicos. É neste sentido que Semipi, Crea-PR, ABNT, Instituto Nós por Elas, com apoio do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), da Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea, e do G7, lançam em 13 de agosto, às 9 horas, no Salão de Atos do Palácio Iguaçu, o Selo. O evento terá a presença da ex-modelo e atriz Luiza Brunet, fundadora do Instituto Nós por Elas (NPE).
O selo foi criado pela ABNT, em parceria com o Instituto NPE e faz reconhecimento público a órgãos governamentais e empresas e entidades do setor privado comprometidas com a causa da prevenção e combate à violência contra as mulheres.
A ABNT é responsável por avaliar e monitorar instituições que adotam o modelo, a partir do seu “Manual para a Certificação de Boas Práticas no Combate à Violência contra as Mulheres”. A certificação formaliza o compromisso de organizações em garantir os direitos das mulheres, contribuindo, assim, na redução dos índices de desigualdade e violência no País. Possui selos Bronze, Prata, Ouro e Platina, de acordo com os requisitos atendidos.
Os estados aderem ao projeto por entender que se trata de um instrumento na rede de proteção e no combate à violência contra as mulheres. Já as empresas buscam reconhecimento social por iniciativas focadas nas mulheres, principalmente por oferecer um bom ambiente de trabalho e por alinhar ações internas com a Agenda 2030 – ODS 5 – Igualdade de Gênero.
