Após duas propostas recusadas com mais de 94% pela categoria, aconteceu mais uma rodada de negociações relativas ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e PLR. O debate centrou-se sobre a estabilidade dos funcionários após aprovada a possibilidade de privatização da Copel. Os coletivos sindicais – CSMEC e CSEC – também comentaram sobre a necessidade de se solucionar impasses e possíveis pontos de consenso. A reunião serviu para firmar compromissos com a categoria e definir o retorno do debate em janeiro de 2023. Por outro lado, a atual data-base segue garantida pela empresa.
A avaliação é de que para que um pacote de propostas seja aprovado em assembleia é necessário mais tempo de negociação. Também se ponderou que o período de férias e festas de fim de ano podem atrapalhar uma votação. A Copel tem 5881 funcionários e vem reduzindo o efetivo ano após ano.
Durante a negociação, o relato dos Coletivos foi no sentido que qualquer mudança no acionista majoritário da empresa promova demissões em massa. Para as entidades, a garantia do emprego é fundamental tanto para tranquilizar os trabalhadores quanto para o futuro da empresa. Ainda comentaram que muitos itens da pauta já avançaram e que podem ser mantidos como a validade do acordo por dois anos e banco de horas. A preocupação com o futuro da Fundação Copel também é alvo da discussão.
“Todos os copelianos tinham e tem um projeto de vida. E esse projeto foi mudado bruscamente por conta do interesse e ação de outras pessoas há poucos dias. Os empregados sentem que em um ano, dois anos, podem perder o emprego. A Copel precisa sensibilizar a diretoria para trazer segurança ao nosso pessoal”, argumentam. Os sindicatos ainda relataram que a opinião da base tem sido acompanhada em grupos em redes sociais e através do diálogo.
Para o preposto da empresa, “o nosso objetivo é encontrar uma solução conjuntamente. E isso precisa ser logo, pois a cada dia que passa, se amplia a ansiedade de todos os lados. Mas não pode ser um processo atropelado”. O papel é achar um meio de campo para avançar na pauta. Enquanto isso, a data-base está garantida até janeiro de 2023. Com relação ao PLR, a proposta é de que ele seja votado também em janeiro.
Os sindicatos e a Copel colocaram na mesa algumas condições que julgam ser necessárias para aprovar em assembleia:
O QUE PRECISA AVANÇAR
PDV | MANUTENÇÃO DO QUADRO| TERÇO DE FÉRIAS | INDENIZAÇÃO | ABONO
TERÇO DE FÉRIAS | Incorporação ou indenização? A empresa está aberta a discutir o tema novamente buscando novos parâmetros a serem construídos a partir de janeiro de 2023. Os sindicatos querem a Indenização em 100%.
PDV | Piso salarial, período de adesão escalonado ou com cadastro de reserva, aumento da condição financeira, manutenção do vale alimentação e saúde como nos moldes da Copel Telecom. Pagamento da multa de 40% do FGTS.
MANUTENÇÃO DO QUADRO | Indenização (conforme a cláusula 23) via salários.
INDENIZAÇÃO | 40% do FGTS.
ABONO | Valor e índice maiores do que os propostos: R$ 3 mil fixos, mais 0,2% da Remuneração Básica no primeiro ano e, no segundo ano, R$ 2 mil fixos mais 0,1% da Remuneração Básica.
PONTOS ENCAMINHADOS
VIGÊNCIA DO ACORDO | FUNDAÇÃO COPEL | BANCO DE HORAS | VALE ALIMENTAÇÃO e LANCHE | PLR