O Paraná renuncia anualmente a R$ 17 bilhões em isenções fiscais. No governo Ratinho Junior, o valor passa dos R$ 50 bilhões. Dinheiro que não entra nos cofres públicos e falta para investimentos em saúde, educação, segurança e desenvolvimento do estado. Além disso, a renúncia é para poucos. Enquanto 70% dos empregos gerados no Paraná são promovidos por pequenos e médios, são os 30% mais ricos que abocanham a maior fatia da renúncia. Essa é a avaliação do deputado estadual Arilson Chiorato, que participou do programa Senge Play.
De acordo com o deputado, as renúncias fiscais beneficiam o G7. A renúncia vira lucro, não emprego. “De cada 10 empregos, sete são gerados pelo pequeno e micro. Então, 70% do benefício fiscal deveria contemplar esse segmento. O Ratinho faz a regra ao contrário. Ele reparte pros 30%. Mas eu vou mais longe. 5% dos que recebem benefício fiscal não geram empregos”, apontou o deputado.
Nesta semana, o Secretário da Fazenda, Renê Garcia Junior, fez a prestação de contas do Estado referente ao 1º quadrimestre de 2022. Ele mostrou que a alta da inflação, em especial dos combustíveis e da energia elétrica, fizeram com que o Paraná arrecade mais. O crescimento é de 26% em comparação com 2021.
Por outro lado, Arilson esclareceu que falta transparência na divulgação dos números relativos à renúncia fiscal. “O secretário disse que era uma mudança na metodologia. Agora, mudar o resultado de R$ 150 milhões para R$ 17 bilhões é muito impactante. Ainda mais que esse valor representaria 39% da arrecadação do estado”, critica, complementando que “os mais de R$ 50 bilhões de reais renunciados no atual governo seriam colocados na saúde, educação, e transferindo para os municípios”.
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