FOZ DO IGUAÇU | Os profissionais da Fundação Parque Tecnológico Itaipu rejeitaram a proposta apresentada em assembleia da categoria realizada na noite do último dia 29 de janeiro. As reivindicações foram apresentadas no ano passado e, após algumas rodadas de negociação com a FTPI, o texto foi submetido à avaliação. Participam da mesa de negociação o Senge-PR, Sindasp, Sitrofi, Sindarq e Sinsepar. A data-base é primeiro de junho. A negociação começou atrasada em 2023 por parte da FPTI e avançou até 2024.
Um dos pontos da recusa trata-se do período de vigência do Acordo Coletivo de Trabalho. A FPTI quer fazer um acordo por dois anos. No entanto, a categoria quer manter o acordo por um ano. Para os trabalhadores, a atual conjuntura política é favorável aos trabalhadores no Brasil, havendo espaço para avanços em várias pautas que estão reprimidas há anos.
A opinião é sustentada em números das negociações no país. O Boletim Negociações do DIEESE registra que de 48 reajustes salariais registrados no Mediador até 11 de janeiro, referentes à data base dezembro, cerca de 83,3% resultaram em ganhos acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (INPC-IBGE); e 16,7% tiveram apenas recomposição das perdas passadas.
“O painel parcial de 2023, com os primeiros números de dezembro, mostra que 77% dos resultados analisados no ano alcançaram ganhos acima do INPC; 17,3%, reajustes iguais a esse índice inflacionário e 5,7% ficaram abaixo dele. O painel é composto por 19.531 reajustes salariais”, esclarece o Departamento.
Pontos levam a rejeição da proposta
Além do tempo de vigência do ACT, a categoria discutiu a cláusula décima quarta que trata da assistência odontológica. “Com relação ao plano odontológico destacou-se a precarização dos serviços oferecidos”, registra a ata, segundo Mário Augusto Caetano dos Santos SENGE – Diretor Regional para Assuntos de Finanças – Foz do Iguaçu.
Ainda foi colocado a importância de reconquistar o direito às 40 horas semanais e a preocupação em relação ao debate ficar circunscrito ao banco de horas como fator determinante e outros pontos.
- PRINCIPAIS PONTOS DE RECUSA
- a) cláusula primeira – vigência e data-base com vigência de 24 meses;
- b) cláusula décima sétima – horas extras em viagem;
- c) cláusula vigésima quinta (nova, não atendida) – quinquênio;
- d) cláusula trigésima segunda (nova redação) – doação de sangue
- d) cláusula décima oitava – banco de horas (Day Off).
Com a recusa, a Fundação deve ser informada da posição dos trabalhadores e será solicitada a retomada da mesa de negociações.