Os trabalhadores de Pesquisa e Extensão Rural paranaenses têm o maior índice de perda salarial entre estados do Sul e do Centro-Oeste. É o que mostra um quadro comparativo de perdas e pautas salariais dos trabalhadores ligados à agricultura organizado por servidores do IDR-Paraná.
O comparativo foi desenvolvido com base em informações de entidades filiadas à Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Assistência Técnica, Extensão Rural e da Pesquisa, do setor Público Agrícola do Brasil (FASER) e mostra que, enquanto estados como Santa Catarina e Mato Grosso não apresentam perdas acumuladas, o Paraná apresenta uma defasagem de 42% nos vencimentos de seus servidores.
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O funcionalismo do Paraná busca a recomposição de 42% de perdas acumuladas desde o ano de 2016, além dos 5,79% de perdas entre 2022 e 2023. As organizações dos servidores, entre elas o Fórum das Entidades Sindicais (FES), da qual o Senge-PR é integrante, reivindicam que o governo apresente um Projeto de Lei para pagamento da Data-Base e estabeleça um diálogo para negociações com os trabalhadores.
Apesar destas reivindicações, o Governo do Estado pretende estender por mais um ano o calote de 42% no funcionalismo público: o governador Ratinho Junior (PSD) deve enviar em junho um Projeto de Lei para a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) com a proposta de reposição salarial de apenas 5,79% para os servidores do Estado, a ser incorporada a partir de agosto.
Audiência Pública
A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) promove no próximo dia 6 de junho, às 9 horas, Audiência Pública no Plenarinho da Casa para discutir a Data-Base e política salarial de servidoras(es) do Poder Executivo. O evento é resultado de um pedido do Fórum das Entidades Sindicais (FES).
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