A Reforma Trabalhista não ajudou a gerar os empregos prometidos por ela, segundo levantamento do DIEESE com base na PNAD. A quantidade de desocupados vem crescendo no país e no Paraná desde 2017. Esses dados se agravaram em 2020 por conta da pandemia de COvid-19. Apesar do último trimestre do ano ter dito uma queda nos números, o Brasil ainda acumulou 13,9% da população desocupada e 9,8% dos paranaenses sem emprego. Por outro lado, cresceu a contaminação no Brasil e no Paraná.
O ápice do desemprego no Paraná aconteceu em dois momentos: No primeiro trimestre de 2017 e no terceiro trimestre de 2020, atingindo 10,3% e 10,2% de massa de desempregados no estado.
“Com a pandemia, que começou a atingir o país na segunda quinzena de
março de 2020, constata-se novamente uma reversão da tendência, com a taxa de desocupação voltando a aumentar, chegando no 3º trimestre de 2020 em 14,6% no Brasil, o maior patamar da série histórica, e 10,2% no Paraná, o segundo maior patamar da série histórica, ficando atrás apenas da taxa do 1º trimestre de 2017 (10,3%)”, revela o estudo.
A melhora no último trimestre do ano passado reflete o processo de “reabertura econômica” com a redução do isolamento social. “A redução da desocupação observada no último trimestre do ano passado em comparação ao 3° trimestre, provavelmente está relacionada à maior flexibilização no funcionamento das atividades econômicas, que contribuiu para o aumento das ocupações”, avalia o DIEESE.
Menos desocupados, mais contaminados
Por outro lado, a redução dos desocupados traçou uma linha invertida com o aumento dos casos de contaminação por covid-19. Segundo o governo, os diagnósticos voltaram a subir e, em novembro, chegaram ao patamar registrado em agosto. Na semana epidemiológica 46, os casos já superavam os do primeiro pico, com 19.385 contaminações entre 8 a 14 de novembro.
“Dezembro passou então a ser o período mais crítico do ano passado. O maior pico da doença até agora ocorreu na semana epidemiológica 50, com 36.474 diagnósticos confirmados entre 6 e 12 de dezembro”, calcula a Agência Estadual de Notícias.
Para o DIEESE, analisando o mercado de trabalho na pandemia, com a comparação dos dados do 4º com o 1º trimestre de 2020, “verificamos que o maior impacto até o momento foi principalmente a redução dos ocupados, consequência do isolamento social. Também verificamos aumento expressivo na Taxa de Subutilização da Força de Trabalho, que na comparação dos dados do 4º com o 1º trimestre de 2020,
aumentou no Paraná, passando de 16,1% para 19,3% (19,88%)”.