Após o término do primeiro turno municipal, Curitiba, Paraná e o Brasil convivem com uma segunda onda de contaminações por Covid-19 com o aumento da exposição viral e o relaxamento das medidas de saúde por parte de governantes e sociedade. O país contabiliza 5,8 milhões de casos com aumento de 59% na média móvel e 28,7 mil novas contaminações.
Curitiba colaborou para o crescimento dos casos no Paraná que, junto a outros 15 estados e o DF, estão em estado de alerta. Na capital, em uma semana, os casos saltaram de 300 na média para acima de 700. Foram 4411 casos em seis dias e taxa de ocupação de 82% dos leitos de UTI um dia após a reeleição do prefeito Rafael Greca.
O aumento expressivo foi minimizado pelo prefeito. “O eleitor reconheceu a recuperação econômica, o enfrentamento da pandemia e a população soube separar o joio do trigo e eu estou eleito e feliz”, disse.
Os gráficos do Governo do Paraná mostram uma nova onda de contaminação ainda mais agressiva. A média móvel apresentou um incremento de 44,8% em 16 de novembro em relação a 14 dias anteriores e bem no feriado de Finados, quando a taxa de isolamento caiu para abaixo de 45%.
Para o presidente do Senge-PR, Leandro Grassmann, os governantes têm fugido da responsabilidade e transferido o problema para a sociedade. “A Secretaria de Saúde tem delegado a responsabilidade para a sociedade. Não temos mais coletivas de imprensa alertando a população. Pelo contrário, vemos o governo ignorando seus próprios protocolos ou decisões judiciais”, destaca.
O Senge-PR entrou com ações para que servidores públicos permanecesse em teletrabalho, principalmente os grupos de risco. Duas ações foram negadas e o sindicato recorreu. Em outra ação, para os engenheiros celetistas do IDR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – IAPAR/Emater), a entidade ganhou liminar. No entanto, o Instituto não estaria cumprindo a decisão, pelo o que apurou o sindicato.
Regionais do Senge-PR estão entre as cidades mais expostas
De acordo com o Boletim Epidemiológico do Governo do Estado, cinco regionais do Senge-PR e Curitiba estão entre os municípios com índice de contaminações acima da média do Paraná para cada 100 mil habitantes. As regiões com maior taxa são Foz do Iguaçu (taxa vermelha), Paranaguá, Telêmaco Borba, Londrina, Maringá, Cascavel, Toledo, Região Metropolitana de Curitiba e Francisco Beltrão.