A educação pós-pandemia tem sido uma preocupação constante dos educadores e estudantes. A pandemia de Covid-19 pegou a todos de surpresa e as instituições de ensino tiveram que lidar com um cenário completamente novo. A adaptação à nova realidade não foi fácil e se mostrou pouco eficaz, pois em pouco tempo, foi necessário colocar em prática diversas ações para dar continuidade ao aprendizado dos estudantes. A falta de planejamento e de condições suficientes para garantir o ensino foram agravantes.
O retorno às aulas presenciais tem acontecido de forma gradual e não são todas as instituições que aderiram à iniciativa. Muitas universidades preferem aguardar, até porque, para algumas formações, o ensino presencial é indispensável. Na maior parte do país, as aulas presenciais ainda não voltaram a ser uma realidade de todos. Entretanto, os impactos da pandemia na educação já fazem parte da rotina e trouxeram à tona algumas tendências para a área educacional.
Além de exigir a manutenção de hábitos voltados para a prevenção, como uso de máscaras, também tem sido perceptível a predominância de outros aspectos que tendem a se tornar cada vez mais presentes no ambiente acadêmico.
Ensino híbrido
O ensino híbrido já se mostrava como uma possível tendência, mas se consolidou com a pandemia de Covid-19. Prova disso é que o ensino híbrido é preferência de 38% dos alunos na volta às aulas presenciais. A modalidade combina a metodologia presencial com a virtual. Assim, os estudantes têm acesso a aulas nas universidades e através das plataformas virtuais de aprendizagem. É importante garantir que nas aulas presenciais haja tempo para discutir e rever pontos importantes das aulas online.
Tecnologia na educação
Outro fator que tende a ser até mesmo uma exigência nas instituições de ensino é a incorporação das tecnologias educacionais no cotidiano acadêmico. As entidades estudantis já falaram sobre isso anos atrás, isso porque o ensino atual ainda é antigo como o dos nossos avós, e isso precisava mudar levando em conta a realidade e as ferramentas que temos hoje. Apesar da pandemia ser uma situação incomum, é possível ter alguns aprendizados com ela.
Educação pensada para cada realidade
Obviamente estamos falando de uma realidade ideal, mas nem todos os estudantes tem internet, computador ou condições de fazer aulas virtuais, algo que temos que avaliar é que para cada realidade precisamos de soluções flexíveis, talvez, pela quantidade de situações diferentes, esse seja um dos maiores desafios dos educadores e instituições de ensino.
Recuperação do tempo perdido
Muito ainda precisa ser feito, mas mais do que isso, precisamos pensar em como recuperar o tempo e conteúdo perdido, estamos lidando com a formação das pessoas e por isso não dá pra aceitar um aprendizado raso, também há que se considerar, principalmente nas instituições particulares, que estender o tempo de permanência na faculdade afeta diretamente o orçamento das pessoas.
Inclusão da comunidade acadêmica
Mais do que tudo, a grande mudança na educação pós pandemia deve ser a inclusão da comunidade acadêmica. Não dá pra propor uma nova metodologia sem ouvir e discutir isso com todos e todas, essas mudanças não podem ser verticalizadas, ninguém melhor do que os estudantes para entender o que funciona melhor pra eles.
Fazer diferente
Muito se fala sobre o “novo normal” e sem dúvida o momento pede algo novo. Sabemos que falar sobre fazer as coisas diferentes pode soar artificial em muitos casos, mas se de fato teremos a oportunidade de construir um “novo normal” não podemos perder a chance de não repetir velhos erros. Por muito tempo falamos sobre uma educação diferente, agora é o momento para torná-la realidade.
E para você? Qual o grande desafio da Educação pós pandemia?
Fontes: Educa+Brasil | Jornal USP | Lunetas.com | Instituto Ayrton Senna | Artigo: Uma saída para a Educação Pós Pandemia de Francisco T. Silva | UNE