Manoel Ramires/Senge-PR
ESPECIAL CASCAVEL | Suporte técnico para os agricultores, pesquisas sociais, ambientais e inovação, fiscalização e muito mais. O Show Rural contou com mais de 3,1 mil engenheiros agrônomos. Destes, pelo menos 120 pesquisadores e extensionistas atuaram em 12 estações do IDR-Paraná IAPAR EMATER. São profissionais fundamentais para levar conhecimento e inovação à agricultura familiar e agroecológica do Paraná. E quem são esses profissionais do futuro?
Para a engenheira agrônoma, Josiane Burkner dos Santos, Diretora da Regional do Senge-PR de Ponta Grossa, os engenheiros e engenheiras agrônomas têm um papel imprescindível no desenvolvimento da agricultura paranaense. “Eles são um canal para fazer com que a tecnologia chegue para os produtores de maneira correta e com o menor custo possível”, comenta.
Para que isso ocorra, é fundamental que o estado invista em pesquisa e em conhecimento. Segundo Burkner, a pesquisa é fundamental para que, em inúmeras vezes, os produtores não precisem pagar para serem capacitados ou importar tecnologia.
Capacitação frequente e profissionais qualificados
Para o engenheiro agrônomo Eduardo Augustinho dos Santos, diretor da Regional do Senge-PR, em Maringá, o profissional do futuro precisa ser rejuvenescido e isso ocorre com a agronomia.
“O conhecimento rejuvenesce. E o agricultor moderno é aquele que visita o produtor, busca um bom consultor, proporcionando um salto de qualidade tanto em renda como trazer um alimento mais limpo na mesa do consumidor”, enfatiza.
O avanço do setor passa, antes de tudo, por formar pessoas. Essa é a visão do pesquisador da Embrapa, engenheiro agrônomo Alberto Feiden. Para ele, ter profissionais qualificados é fundamental, ainda mais para trabalhar com agroecologia e agricultura familiar.
“O engenheiro agrônomo precisa de uma gama de conhecimentos muito grande em comparação com quem apenas trabalha com a monocultura. Precisa, por exemplo, saber a fundo de sociologia rural para entender a lógica do agricultor. E, principalmente, para ser útil para aqueles que estão na margem da sobrevivência”, pontua.
Para os especialistas, levar conhecimento aos produtores rurais é fundamental e ainda há um grande campo para se avançar. De acordo com dados do Censo de 2017, o Brasil tinha cerca de 5 milhões de agricultores familiares e apenas 10% eram tecnificados.
“A gente tem uma imensa dificuldade de levar assistência técnica adequada para 4 milhões de agricultores familiares. E precisamos avançar nisso”, direciona Feiden.
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