Um estudo da Oxfam mostra que as mulheres têm sofrido mais com os efeitos sociais da pandemia. No estudo “Tempo de cuidar: o trabalho de cuidado não remunerado e mal pago e a crise global da desigualdade”, a entidade mostra que “as mulheres representam 70% das pessoas que trabalham nos setores de cuidados e saúde”.
Segundo a Oxfam, as mulheres são as mais afetadas pelo coronavírus porque elas já enfrentam questões históricas e sociais muito antes dessa nova crise. Elas têm que conviver com o risco de violência sexista, são as principais vítimas dos processos de migração forçada por crises climáticas e conflitos armados, são maioria nos postos de trabalhos informais e convivem com a sobrecarga do trabalho de cuidado.
Conheça os 6 fatores que sobrecarregam mais as mulheres.
1 – A pesada e desigual responsabilidade do trabalho de cuidado
As poucas privilegiadas que não serão demitidas e poderão trabalhar em casa terão que alinhar isso a uma rotina de cuidados com a casa e a família.
2 – Mulheres estão na linha de frente do coronavírus
A maioria delas não possui seguridade social ou plano de saúde para lidar com uma pandemia dessa escala. No entanto, elas estão na linha de frente da resposta ao coronavírus.
3 – Em tempo de isolamento, a violência doméstica aumenta
O isolamento social pode dificultar as mulheres a deixarem relacionamentos abusivos, reduzindo drasticamente a possibilidade de denunciar. Muitas ficam sem as redes de apoio de suas comunidades e são limitadas no acesso já deficiente aos serviços básicos.
4 – As mulheres do setor informal sofrerão com a falta de trabalho
Segundo dados da ONU Mulheres, 54% das mulheres na América Latina tiram sua renda do trabalho informal.
5 – Milhões de mulheres não serão capazes de cumprir as medidas básicas para impedir o coronavírus
Na América Latina existem mais de 14 milhões de mulheres que trabalham em casas de famílias como domésticas.
6 – Mulheres e meninas em perigo nos campos de refugiados
Desastres climáticos causam deslocamento de cerca de 20 milhões de pessoas todos os anos. No contexto do coronavírus, em que os países fecham suas fronteiras, como ficam essas milhares de mulheres e meninas que precisam migrar?
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