A presença do presidente Lula no Paraná e a aproximação do processo de venda de ações da Copel fizeram com que os defensores da empresa pedissem a anulação do Decreto 11307 de 2022. Esse texto permite a renovação da concessão das usinas hidrelétricas, sendo a grande cereja no bolo da privatização. Além disso, o BNDESPar detém grande quantidade de ações e pode inviabilizar o negócio na reunião de acionistas marcada para o próximo dia 10 de julho. A Copel, por sua vez, agendou a privatização da Copel para o dia 25 de julho próximo na Bovespa.
Na carta que seria entregue ao presidente, é informado que “a privatização da Copel trará inúmeros prejuízos à população e indústria paranaense. A Copel oferece uma das menores tarifas de energia do Brasil. Segundo a ANEEL, até maio, a Copel detinha a menor tarifa dentre todas as concessionárias de energia com mais de 400 mil unidades consumidoras. A concessionária com o segundo menor custo é a Celesc, empresa pública que atende Santa Catarina. Na outra ponta, estão somente empresas privadas, que tem tarifas até 50% mais altas”.
O presidente não recebeu os sindicalistas e também desconhece – supostamente – a “estranha posição dos conselheiros do BNDES, Jorge Eduardo Martins Moraes e Maria Carmen Westerlund Montera , que votaram, sem uma posição ou orientação formal do BNDES”, pela venda de ações da Copel. As entidades sindicais repudiam o posicionamento dos conselheiros e a pressa em privatizar a Copel em um modelo semelhante ao da Eletrobrás.
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