Lançamento do Fórum Regional de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos 
MARINGÁ| Aconteceu hoje (27) a abertura e formação do Fórum Regional de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos. O Senge-PR esteve representado no evento pelo diretor Samir Jorge e pelo Conselheiro Consultivo, Manoel Renildo Pequeno.
O Fórum tem vários objetivos. Um deles é ampliar a discussão em relação ao uso indevido de agrotóxicos no Brasil. De acordo com Samir, isso envolve o Ministério Público do Paraná e não apenas a seccional de Maringá. “Na nossa região já existia um grupo que debatia com o MP a respeito de utilizar algumas formas de discussão com o setor produtivo, especialmente o agronegócio. Algumas pesquisas que o MP recebeu indicavam uso excessivo de agrotóxicos”, comenta.
No começo do mês, uma operação conjunta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que contou com o apoio de vários órgãos, entre eles a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Batalhão de Polícia Ambiental e Batalhão de Polícia de Fronteira, apreendeu 6.197 quilos de defensivos agrícolas ilegais, com aplicação de R$ 1 milhão em multas e nove prisões em flagrante, segundo a Agência Estadual de Notícias.
Para o MP, o debate, portanto, deve ser ampliado com a sociedade. O Fórum deve fortalecer a discussão tomando ações como solicitar à entidades esclarecimentos sobre o uso indiscriminado. Uma dessas entidades é o CREA-PR. Também questiona as cooperativas neste processo, entre outros.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Paraná, no período de 2012 a 2016, foram registradas no SINAN NET 4.190 ocorrências de intoxicação por agrotóxicos, sendo que 72,6% dos casos foram por agrotóxicos de uso agrícola. Os casos de intoxicação por agrotóxicos de uso doméstico representam 24,4% e os agrotóxicos de uso em saúde pública, 3%. Destacam-se com o maior número de notificações os grandes centros populacionais do Estado, as regionais de saúde Metropolitana, Londrina, Maringá e Cascavel.
Sindicato
O Senge-PR, na regional de Maringá, está participando do debate para, entre outros motivos, ampliar o entendimento da sociedade nas questões da engenharia. “É necessário a presença de um profissional ao fazer um receituário agronômico ou acompanhando um processo. O intuito é mostrar à sociedade a transparência do processo. Considero que devemos ampliar essa presença”, destaca Samir.
Agroecologia
A entidade se faz presente também ao incentivar a discussão sobre a liberdade das pessoas em escolherem que produto está colocando na mesa de casa. “Existe um crescimento na oferta de produtos sem agrotóxico. Em Maringá, na feira do produtor, já se percebe que a maioria das bancas já estão migrando para a agroecologia”, destaca. Essa mudança de cultura conta com apoio dos profissionais de agronomia da Emater, que orienta os produtores e a sociedade sobre segurança alimentar.
