IDR-Paraná “comemora 50 anos” da Pesquisa deixando muitos de fora da festa

Pontos do Plano Único aprovado por deputados não foram alvo de consenso

Foto: Divulgação
Comunicação
29.JUN.2022

Completar 50 anos é uma data muito significativa. Ainda mais quando essa idade é reflexo da construção de centenas de profissionais de diversas áreas do conhecimento e capacidade técnica. Contudo, a festa das cinco décadas do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-IAPAR-EMATER (IDR-Paraná) é comemorado com uma festa que nem todos podem entrar. O convite, um projeto de lei que reestrutura a carreira, não foi entregue a todos ou criou faixas de comemoração. Atitude que o Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná não compactua.

A data dos “cinquentinha” é hoje. Mas a festa também é do “finado IAPAR”, que comemoraria 50 anos de sua fundação. Completaria meio século porque o IAPAR, desapareceu há 2 anos. Criou-se, em seu lugar, “uma instituição inchada, sem integração das partes e sem foco” chamada Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-IAPAR-EMATER (IDR-Paraná).

E quem é esse “velho senhor” nascido em 1972? Durante quase meio século o IAPAR, além de contribuir, com tecnologias adaptadas, para melhoria do desempenho da agricultura paranaense, gerou Ciência e Tecnologias, que foram utilizadas em outros estados e mesmo no exterior. O IAPAR , teve reconhecimento nacional e internacional, no segmento de pesquisa agrícola.

Agora, a direção atual, quer “comemorar”  50 anos de pesquisa agrícola do que exatamente? 

  • – Com a fusão – ou confusão – dos vários órgãos IAPAR, EMATER, CODAPAR, CPRA); 
  • – Com o recém aprovado Plano Único de Cargos do “novo” Instituto, o desânimo e, de certa forma a revolta dos antigos servidores do extinto IAPAR, poderá comprometer, a motivação para “se fazer pesquisa de qualidade e alavancar a agricultura e o meio ambiente do Paraná, frente às mudanças climáticas e eventos extremos, por meio de inovações”.

São 50 anos com muitos de fora da festa ou sem receber o devido presente. O Plano Único promoveu enquadramento do servidor em referência inferior, definiu recebimento por subsídio, a criação de abono para subsídio complementar, não definiu o engenheiro agrônomo e outros profissionais de ciências agrárias como EXTENSIONISTA, mas como profissional de desenvolvimento rural, determinou a  eliminação da carreira técnico-científica, com o cargo  pesquisador. Ainda criou-se o “cargo de profissional pesquisador” e também estabeleceu a incorporação de gratificações por insalubridade e periculosidade sem critérios técnicos.

Todas decisões não tomadas conjuntamente e que poderiam fazer com que as velinhas fossem assopradas por todos. O Senge-PR defende as instituições públicas e, para serem fortes, os servidores precisam de valorização e união para prestar serviços de excelência para a população rural  e contribuir para o desenvolvimento do setor agropecuário do Paraná.

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