Sem honra e sem compromisso com o funcionalismo público. É com essa postura que o governador Beto Richa conseguiu aprovar nesta terça-feira (22), em primeira votação na Alep, o pagamento do reajuste dos funcionários estaduais, previsto para janeiro próximo.
“É um governo sem palavras, que derruba leis e desrespeita os trabalhadores que compõem a força de trabalho do Estado. Com a suspensão da data-base em janeiro, o governador Beto Richa mostra mais uma vez a forma irresponsável de conduzir o governo, jogando nas costas do funcionalismo o peso de uma má gestão. Isso demonstra que não há segurança de direitos dos funcionários neste governo, mesmo que previsto em lei, encaminhada pelo próprio governador”, critica o presidente do Senge-PR, engenheiro agrônomo Carlos Roberto Bittencourt.
Motivo de fim da greve dos servidores, do fatídico 29 de abril, a recomposição salarial com aumento de 1% estava prevista no artigo 3º da Lei 18.493/2015. Alegando não ter caixa para honrar o compromisso, o governador Beto Richa enviou à Assembleia, junto com as emendas à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017, pedido de suspensão dos efeitos do artigo da data-base.
A emenda do executivo à LDO, com a suspensão da data-base do funcionalismo foi aprovada na Alep em primeira votação por 34 votos contra 18. O tema voltará para votação da redação final nas próximas sessões.
Segundo o governo, não há caixa para cumprir o reajuste prometido em 2015 e para pagar as promoções e progressões de carreira dos servidores. Para o economista Cid Cordeiro, da assessoria do Senge, o governo tinha caixa para manter todos os pagamentos. Porém, segundo o economista, o governo privilegiou os fornecedores.
“O Estado encerrou o exercício de 2015 com superávit de aproximadamente R$ 2 bilhões o que permitiria ter pagado as promoções e progressões de 2015 no valor de R$ 433 milhões, reduzindo consideravelmente o gasto para o exercício de 2017. No entanto, o Governo utilizou todo o superávit para pagar os fornecedores e atender demandas políticas, ficando inadimplente com os Servidores”. Confira abaixo como cada deputado votou:
Deputados que votaram contra os funcionários públicos
Adelino Ribeiro (PSL)
Alexandre Curi (PSB)
Alexandre Guimarães (PSD)
André Bueno (PSDB)
Bernardo Ribas Carli (PSDB)
Cantora Mara Lima (PSDB)
Cláudia Pereira (PSC)
Cobra Repórter (PSD)
Cristina Silvestri (PPS)
Dr. Batista (PMN)
Elio Rusch (DEM)
Evandro Jr. (PSDB)
Felipe Francischini (SD)
Fernando Scanavaca (PDT)
Francisco Bührer (PSDB)
Guto Silva (PSD)
Hussein Bakri (PSD)
Jonas Guimarães (PSB)
Luiz Carlos Martins (PSD)
Luiz Claudio Romanelli (PSB)
Márcio Nunes (PSD)
Márcio Pauliki (PDT)
Maria Victoria (PP)
Mauro Moraes (PSDB)
Nelson Justus (DEM)
Paranhos (PSC)
Paulo Litro (PSDB)
Pedro Lupion (DEM)
Plauto Miró (DEM)
Schiavinato (PP)
Stephanes Jr. (PSB)
Tiago Amaral (PSB)
Tião Medeiros (PTB)
Wilmar Reichembach (PSC)
Ausente na sessão
Missionário Ricardo Arruda (DEM)
Deputados que votaram a favor dos funcionários públicos
Ademir Bier (PMDB)
Anibelli Neto (PMDB)
Chico Brasileiro (PSD)
Evandro Araújo (PSC)
Gilberto Ribeiro (PRB)
Gilson de Souza (PSC)
Mácio Pacheco (PPL)
Nelson Luersen (PDT)
Nereu Moura (PMDB)
Ney Leprevost (PSD)
Palozi (PSC)
Pastor Edson Praczyk (PRB)
Péricles de Mello (PT)
Professor Lemos (PT)
Rasca Rodrigues (PV)
Requião Filho (PMDB)
Tadeu Veneri (PT)
Tercílio Turini (PPS)
