Crédito: NIAID 
O Senge-PR e entidades que compõem mesas de negociação continuam debatendo acordos coletivos de trabalho durante a pandemia. Essas reuniões têm acontecido por videoconferência. A crise econômica tem sido um obstáculo para o avanço nas discussões. Por outro lado, mesmo com o distanciamento social, as entidades encontraram mecanismos de debate. Na Copel, uma pesquisa está sendo realizada virtualmente para formar a pauta. Na Compagas, a pandemia obrigou que as mesas acontecessem virtualmente. Fecomércio e Sinduscon também apresentaram propostas neste período. Ambas entidades estão com data-base atrasadas. Veja a seguir.
Entidades aguardam resposta da Compagas em relação a ACT
Mesa destacou reposição salarial e pagamento retroativo | A Compagas apresentou no último dia dia 17 sua proposta para a Negociação Sindical do Acordo Coletivo de Trabalho 2020/2021. Cinco sindicatos compõem a mesa com a empresa.
Entre os pedidos financeiros está 2% (dois por cento) a ser aplicado na folha de outubro/2020, 1,31% (um vírgula trinta e um por cento), aplicado na folha de janeiro/2021.
As entidades solicitam, ainda, caso seja viável, que a Compagas realize o pagamento retroativo das diferenças de reajuste. Duas possibilidades são levantadas: se não do período integral, pelo menos de algum período, utilizando para pagamento do retroativo até a folha de janeiro/2021, quando da aplicação do índice de 1,31% (um vírgula trinta e um por cento).
Ainda é reivindicado Abono Especial no valor de R$ 5.294,35 por empregado, e solicitam, caso a Compagas decida distribuir o montante de forma proporcional e fixo, que seja adotado um piso mínimo de pagamento.
As negociações começaram em março, já dentro da pandemia. A data-base é abril. As entidades aguardam uma posição da Compagas. Os sindicatos já haviam recusado proposta da Compagas que congelava salários. Também já haviam reivindicado que a Compagas distribua o montante de R$ 500 mil aos empregados, a exemplo da doação que fez ao Governo do Estado para o combate Covid 19.
Pesquisa na Copel vai até 5 de julho
Empresa efetuou descontos referentes a taxa assistencial aprovada em assembleia geral | Os engenheiros da Copel tem até o dia 5 de julho para responder pesquisa relativa ao Acordo Coletivo de Trabalho 2020/2021. A opinião dos trabalhadores da COPEL subsidiará a pauta que será entregue para a empresa.
“Lembramos que a participação é fundamental e estratégica, permitindo assim que todos se manifestem de forma democrática e consciente. A pesquisa ficará disponível até o dia 05/07/2020 e todos podem participar. Após a pesquisa, informaremos aos empregados sobre as assembleias para a aprovação da pauta que será encaminhada para a COPEL”.
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Neste mês, os funcionários da Copel tiveram desconto de R$ 100 relativos a taxa assistencial. O desconto foi aprovado em novembro de 2019. Na ocasião foi aberto prazo de 10 dias consecutivos, do dia 20/11 ao dia 29/11, para aqueles que desejassem apresentar a carta de oposição aos descontos da taxa assistencial do ACT ou da PLR.
Diante da crise, Fecomércio propôs congelamento da data-base
O cenário de crise financeira por conta da pandemia também contaminou a data-base dos trabalhadores da Fecomércio. A proposta feita pela entidade empresarial é congelar o reajuste neste momento, mas mantendo as demais cláusulas já firmadas em acordo anteriores. Uma opção é a prorrogação da Convenção Coletiva de Trabalho.
Data-base no Sinduscon está vencida
A data-base dos engenheiros que trabalham no Sinduscon está vencida desde primeiro de maio. Em mesa de negociação está a proposta que se estende até 30 de abril de 2021. A empresa propôs que “os salários e pisos salariais serão mantidos em seu valor nominal, na consideração do momento crítico que decorre da quase paralisação total das atividades das empresas do setor econômico. A cláusula quadragésima disporá sobre futura compensação desta não concessão de reajuste”.
Essa cláusula estabelece “a todo trabalhador efetivamente empregado no período compreendido entre 01.05.19 a 30.04.20 e que assim prossiga, na forma adiante posta, fica assegurado um vale alimentação, a ser concedido pelas empresas”. Ainda foi proposto o parcelamento do pagamento em virtude da rescisão contratual. As entidades sindicais ainda vão apresentar contraproposta.
