Gestores do Incra, MDA e Conab tomam posse em cerimônia emocionante

Mística destacou a importância da agricultura familiar e dos movimentos sociais

Nilton Bezerra Guedes (INCRA-PR), Leila Aubrift Klenk (MDA-PR) e Valmor Luiz Bordin (Conab-PR) empossados ao lado de Maria Rosilene Bezerra Rodrigues (INCRA), João Edegar Pretto (Conab) e Roberto Baggio (MST-PR). Foto: PT-PR
Comunicação
22.MAIO.2023

Fonte: Assessoria imprensa

Vamos tirar o Brasil do Mapa da Fome. Esta foi a mensagem comum transmitida pelos novos gestores no Paraná do Ministério do Desenvolvimento Agrária (MDA), Leila Aubrift Klenk, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Valmor Luiz Bordin, e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), Nilton Bezerra Guedes, empossados na sexta-feira (19). 

A cerimônia de posse coletiva lotou e emocionou o auditório do campus do Setor de Ciências Agrárias da UFPR, em Curitiba. Na mística de abertura, militantes do MST, de movimentos urbanos e da agricultura familiar relembraram os primeiros governos do presidente Lula e as políticas de superação da fome, e as perseguições políticas que vieram depois. 

Entre os episódios resgatados na mística e nas falas da mesa estava a operação Agrofantasma, que perseguiu e prendeu injustamente dezenas de agricultores/as e funcionários da Conab. A operação coordenada pelo ex-juiz Sergio Moro foi uma tentativa de criminalização do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

A camponesa Marli Brambilla, uma das fundadoras da Cooperativa Coana, de Querência do Norte, e está entre as vítimas da operação Agro-Fantasma, assim como outras pessoas presentes na plateia, destacou o momento. “Este dia significa uma vitória muito grande, porque mostra que o trabalho das organizações, apesar de todas as perseguições políticas que a gente sofreu, não foi em vão. Não baixamos a cabeça. Continuamos lutando porque a gente tinha certeza da nossa vitória e que esse dia ia chegar”, completou.

Enaltecendo a agricultura familiar

A diversidade alimentar produzida pela reforma agrária, da agricultura familiar e da economia solidária coloriu o café da manhã servido aos cerca de 400 participantes. “Essa fartura que está aqui e que vocês viram no café tem que estar na mesa dos 120 milhões de brasileiros, e não só dos 30 milhões brasileiros da elite. Nosso desafio é que essa riqueza alimentar chegue nas mesas, nos pratos, nas panelas, nos fogões, de todas e todos os brasileiros”, afirmou Roberto Baggio, da direção nacional do MST pelo Paraná, como objetivo central dos movimentos sociais e do governo brasileiro. 

Leila Aubrift Klenk, que assume a Coordenação do Escritório Estadual do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar no Paraná, sendo uma das três mulheres com cargo de coordenação estadual do órgão em todo o Brasil, ressaltou a importância da volta do MDA. O Ministério foi extinto em 2016 durante o governo Temer e retomado neste ano pelo governo Lula, para o combate à fome no Brasil e a superação da pobreza no campo.

“Precisamos, unidos com os movimentos populares, com os outros órgãos do governo federal, do governo do estado, […] dos municípios, encontrar estratégias para o fortalecimento da agricultura familiar e da agroecologia. Para que os jovens possam permanecer no campo, com direito à produção, educação, renda e lazer”, comentou.

A cerimônia também teve as presenças do presidente da Conab, João Edegar Pretto, do diretor-executivo de Política Agrícola e Informações, Sílvio Isoppo Porto, deputados estaduais, federais, vereadores, autoridades do segmento agropecuário do estado, movimentos do campo e da cidade.

Diretores do Senge-PR prestigiam a posse

O evento foi acompanhado de perto por cinco membros da diretoria do Senge-PR. Participaram o Engenheiro Agrônomo Márcio da Silva, a Engenheira Agrônoma Mary Stela Bischof, o Engenheiro Agrônomo Marcos Andersen, o Engenheiro Agrônomo Carlos Roberto Bittencourt e o diretor eleito Engenheiro Agrônomo Gustavo Adolfo Gomes Scholz. 

Os diretores destacam a importância de o Governo Federal se aproximar dos movimentos sociais, do campo progressista na agricultura familiar e agroecológica e da importância de políticas públicas e protetivas destruídas no último governo.

Voltar a Notícias