Os representantes do governo Ratinho Jr. que participaram de mais uma rodada da mediação promovida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) com o Fórum das Entidades Sindicais (FES) e associações de servidores não conseguiram apresentar uma proposta para resolver o impasse causado pela edição do decreto 3978.
O conjunto de sindicalistas havia solicitado no encontro anterior uma reunião com o governador para dar fim à mediação, através de um consenso, para que mais de 300 mil famílias não sejam prejudicadas nem os recursos das instituições representativas das trabalhadoras/es sejam diminuídos. No entanto, o governo ainda insiste em manter em vigor a medida antissindical e inconstitucional.
O FES e os dirigentes de associações pedem a imediata revogação do decreto ou, pelo menos, sua suspensão até que o assunto seja discutido com os servidores de forma que seus efeitos não causem “caos social”, nas palavras do procurador do MPT.
Na Assembleia Legislativa, a oposição deve reapresentar o decreto legislativo que susta a medida do Executivo. O deputado Tadeu Veneri sugeriu ao secretário da Fazenda, Renê Garcia Juniro, durante audiência pública, que recomende ao governador rever a decisão de recadastrar todos os servidores do Estado para tentar esvaziar as entidades sindicais.
“É irracional. Trezentas mil pessoas prejudicadas não vão melhorar a vida do governador e do seu governo”, disse o deputado.
O prazo para que seja feita a revalidação estabelecido no decreto é dia 10 de março. Por esse motivo, foi marcada mais uma nova rodada de mediação para o dia 4 de março.