Fisenge
Nesta quarta-feira (12/2), o Ministro da Economia, Paulo Guedes, ao comemorar o aumento do dólar, afirmou: “empregada doméstica indo à Disneylândia, uma farra danada”. De acordo com o IBGE, o número de trabalhadores domésticos é de 6,24 milhões, com uma maioria de mulheres negras que geralmente, são chefes de família e sustentam sozinhas suas casas. Com uma forte herança da escravização, o Brasil demorou para conquistar a PEC das Domésticas, uma importante legislação, de 2013, que regulamenta os direitos das trabalhadoras. A declaração de Paulo Guedes representa a visão de uma elite que acredita que pessoas pobres não podem ter acesso aos mesmos direitos, oportunidades e serviços. Além disso, significa o retrato do racismo estrutural de nossa sociedade.
Com a Reforma Trabalhista e o aumento do desemprego, a precarização tem ampliado ainda mais. O emprego doméstico é uma força de trabalho fundamental para a economia do país, mas precisa de valorização, remuneração digna e garantia de direitos. Nós, mulheres engenheiras, nos solidarizamos com a luta diária das trabalhadoras domésticas.
Coletivo de Mulheres da Fisenge