Engenharia Cartográfica: Para Além do Mapeamento de Identidades e Fronteiras

O Desafio da representação inclusiva nas engenharias, agronomias e geociência

Comunicação
06.MAIO.2024

O papel da engenharia cartográfica na construção da identidade nacional é indiscutível. Através dos mapas, os engenheiros cartógrafos não só delimitam territórios, mas também contribuem para a cultura, identidade e símbolos de uma nação. Historicamente, os mapas foram utilizados para demarcar fronteiras e reivindicar territórios, muitas vezes refletindo interesses políticos e econômicos. No entanto, também desempenham um papel simbólico poderoso na construção da identidade nacional, fornecendo uma representação visual do território e das características geográficas de um país.

A presença feminina na engenharia cartográfica é uma parte importante dessa história. Apesar de muitas vezes sub-representadas, as mulheres têm desempenhado um papel significativo no desenvolvimento da cartografia ao longo dos séculos. Desde os tempos antigos, mulheres têm contribuído para o avanço da cartografia através de suas descobertas e pesquisas. No entanto, é importante reconhecer que as mulheres ainda enfrentam desafios no mercado de cartografia, incluindo o acesso igualitário a oportunidades de educação e emprego.

No contexto contemporâneo, a representação feminina na engenharia cartográfica continua sendo desafiadora. Embora haja alguns casos de mulheres assumindo papéis de liderança em instituições cartográficas, essas instâncias ainda são excepcionais. As contribuições femininas para o desenvolvimento de tecnologias de mapeamento inovadoras ainda são subestimadas e muitas vezes não recebem o reconhecimento merecido. Apesar de algumas iniciativas de inclusão e diversidade, ainda há muito trabalho a ser feito para garantir que mulheres e outros grupos sub-representados tenham oportunidades justas e igualdade de condições no mercado de cartografia.

À medida que avançamos para o futuro, é crucial continuar promovendo a presença feminina na engenharia cartográfica e em outras áreas relacionadas. Reconhecer e valorizar as contribuições das mulheres na cartografia não só enriquece a prática do engenheiro(a) cartógrafo, mas também fortalece a identidade nacional, garantindo que todos os cidadãos se sintam representados e incluídos nos mapas que definem nossa nação.

Agatha Branco

Vice-Presidente do Senge-PR

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