Em carta aberta, engenheiros do Iapar reiteram a possibilidade de greve caso governo retome as medidas de alteração da previdência dos servidores

Senge Paraná
23.FEV.2015

Reunidos em assembleia organizada pela regional do Senge-PR, no último dia 19, em Londrina, 31 engenheiros que atuam como pesquisadores do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) decidiram manter a mobilização contra a aprovação dos projetos de lei que integram o chamado ‘pacotaço’ do governo do Estado.

O servidores do Iapar entrarão em greve, caso as propostas do governo sejam levadas adiante, com a votação pela Assembleia Legislativa do Paraná. “Todos os funcionários estão mobilizados e podem entrar em greve a qualquer momento. A convocação do Senge e do Sindpar reuniu, ao todo, mais de 100 pessoas na mobilização realizada na sede do instituto em Londrina”, informou o diretor regional do Senge-PR, Nilton Camargo Costa.

Em carta aberta à população, os profissionais reiteraram as decisões tomadas em assembleia, manifestando a preocupação dos servidores ante as propostas do governo, sobretudo em relação às alterações da previdência do estado e o comprometimento do fundo previdenciário dos servidores. “A extinção do Fundo Previdenciário da Paraná Previdência e a transferência do saldo para um Fundo Financeiro gera insegurança, uma vez que não são oferecidas garantias de que o recurso hoje existente – fruto de contribuição mensal de todos os servidores há muitos anos – vá ser restituído, visto que no passado em muitos momentos de dificuldades financeiras o Estado não recolheu para o Fundo a parcela que cabia ao governo”, alertam os engenheiros no documento.

 

Vinculado à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o Iapar é órgão de pesquisa que da embasamento tecnológico as políticas públicas de desenvolvimento rural do Estado do Paraná. Tem como missão prover soluções inovadoras para o meio rural e o agronegócio paranaenses.

O Iapar tem sede em Londrina, dois polos regionais de pesquisa (Curitiba e Ponta Grossa), 16 Fazendas Experimentais, 23 Estações Agrometeorológicas (também utiliza dados coletados em outras 37 estações do Simepar) e 25 laboratórios de diferentes áreas de especialidade para pesquisa e prestação de serviços. Na sede, em Londrina, há também um centro de treinamento, equipado com auditório e alojamento.

 

O instituto conta com cerca de 772 funcionários (mais de 110 pesquisadores, a maioria com doutorado e pós-doutorado), que desenvolvem 15 programas de pesquisa (Agroecologia, Algodão, Arroz, Café, Cereais de Inverno, Culturas Diversas, Feijão, Forrageiras, Fruticultura, Manejo do Solo e Água, Milho, Produção Animal, Propagação Vegetal, Recursos Florestais, Sistemas de Produção).

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Em assembleia organizada pelo Senge-PR em Londrina, servidores do Iapar mantiveram indicativo de greve, caso ‘pacotaço’ seja levado adiante pelo governo.

 

 

Nos 15 programas são conduzidos 225 grandes projetos de pesquisa, que totalizam 560 experimentos de campo espalhados por todo o Estado. Esse trabalho é realizado em estações experimentais do próprio Iapar, mas também em parceria com cooperativas, associações de produtores, universidades e outros centros de pesquisa.

 

As tecnologias do IAPAR se distinguem pelo rigor científico e um profundo respeito à realidade dos agricultores e ao ambiente, sem perder de vista as exigências dos consumidores e necessidades da agroindústria.

 

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