Está previsto para votação na próxima semana na Câmara dos Vereadores de Curitiba, o projeto de lei que obriga, em prazo máximo de seis anos, a substituição do cabeamento aéreo de Curitiba pela rede subterrânea. De autoria do vereador Pedro Paulo (PT), o projeto prevê prazo de seis meses para que a Prefeitura apresente os projetos às empresas, que deverão arcar com as despesas das substituições dos cabeamentos.
Em entrevista à rádio CBN nesta terça-feira (2), o diretor secretário do Senge-PR, engenheiro eletricista Leandro Grassmann, apontou a necessidade de especificações que não estão contempladas no projeto para que seja atendido o prazo máximo para conclusão das obras, como a delimitação das áreas em que serão substituídos os cabeamentos e a quem caberá a coordenação dos projetos.
“Do ponto de vista urbanístico não há o que se questionar. Realmente a cidade fica mais agradável. Porém, do ponto de vista técnico, existem preocupações a serem levadas em conta. O próprio projeto coloca espaço da obra a zona central da cidade, mas não delimita se é apenas o centro ou se também os bairros próximos. Não sabemos qual é o tamanho dessa alteração. Fora isso tem o problema de coordenação da obra. São umas dez empresas envolvidas e essa obra tem que ser coordenada por alguém, com um cronograma a ser seguido, e em que todas as etapas sejam acompanhadas ao mesmo tempo por todas as empresas. Isso também não fica claro. Se não existe uma definição do tamanho e quem irá coordenar a obra, como se pode afirmar isso é possível de ser feito em seis anos?”. Clique aqui e confira a íntegra da entrevista.