Deputados acionam BNDES para tratar dos empregos e futuro da Copel

Parlamentares e Senge-PR querem a garantia da manutenção do serviço de qualidade

Presidente Lula e vice-presidente Geraldo Alckmin participam da posse de Mercadante - Foto: Ricardo Stuckert
Comunicação
06.SET.2023

Manoel Ramires/Senge-PR

Deputados estaduais e federais paranaenses encaminharam ofício ao Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Aloizio Mercadante Oliva, solicitando providências do BNDES para a manutenção dos empregos e de condições essenciais para a  continuidade da prestação de serviços pela Companhia Paranaense de Energia – COPEL. A medida ocorre após o BNDESPar se tornar “gestor” da Copel, uma vez que concentra  22,1% das ações totais, se tornando “o maior acionista”. O pedido ocorre em um momento em que mais de 2 mil funcionários da empresa solicitam adesão ao Processo de Desligamento Voluntário (PDV).

Três são os apontamentos principais encaminhados ao BNDES. A “criação de um canal de diálogo direto entre os Acionistas, Direção da Companhia e Representantes dos Trabalhadores, avaliação de todo o PDV, e suas implicações na mão de obra necessária para manutenção da empresa, e, se necessário, sua sus e para assegurar condições efetivas de trabalho e medidas contra assédio moral e demissão injustificada contra trabalhadores (as) que não aderirem às medidas, e adoção de medidas concretas para a manutenção do número de trabalhadores existentes antes da privatização em agosto de 2023, e para evitar a demissão injustificada de trabalhadores da Companhia”.

A “criação de um canal de diálogo direto entre os Acionistas, Direção da Companhia e Representantes dos Trabalhadores, avaliação de todo o PDV, e suas implicações na mão de obra necessária para manutenção da empresa, e, se necessário, sua sus e para assegurar condições efetivas de trabalho e medidas contra assédio moral e demissão injustificada contra trabalhadores (as) que não aderirem às medidas, e adoção de medidas concretas para a manutenção do número de trabalhadores existentes antes da privatização em agosto de 2023, e para evitar a demissão injustificada de trabalhadores da Companhia”.

No último dia 4 de setembro, a Eletrobras, utilizada como referência para a privatização da Copel, foi obrigada a reintegrar funcionários desligados via PDV. O  Ministério de Minas e Energia (MME) já havia pedido a suspensão do PDV, citando riscos à operação, após o apagão de 15 de agosto, que começou em uma linha da Chesf, subsidiária da Eletrobras.Esse é uma das preocupações dos parlamentares e do Senge-PR a partir da fuga de conhecimento qualificado e técnico.

“O  desenvolvimento pode ser comprometido se a empresa deixar de fazer investimentos que possam tanto levar energia a valores que atendam a modicidade tarifária quanto reduzir as taxas de queda do fornecimento”, alerta o comunicado. 

Demissões e ingerência

O documento informa que os sindicatos tomaram conhecimento que mais de 2 mil trabalhadores solicitaram participação no PDV da empresa que, atualmente, detém 5.882 funcionários. Desses pedidos, pelo menos 1,4 mil estão na Copel Distribuidora (COPEL DIS). Essa adesão gera temeridade tanto para quem pretende sair quanto para ficar na empresa.

“Ao mesmo tempo que instaurou o PDV, e estimulou a saída das (os) trabalhadoras (es) em massa, foram geradas incertezas enormes para aqueles que decidem ficar na empresa, sem qualquer garantia que não serão demitidos e que permanecerão nos quadros da empresa, segundo diversos com fundados indícios relatos recebidos pelos Mandatos Parlamentares”, diz o documento. 

Mediação

Os parlamentares solicitam que o “BNDES exerça a função de protagonista do diálogo e da condução de decisões estratégicas, com a urgência necessária” e solicitam reunião com a gestão do banco. Assinam o documento os deputados  . O Senge-PR também apoia a carta.

CONFIRA O DOCUMENTO

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