Deputado critica desmonte da Copel

Governador quer vender a empresa de banda larga e Usina Hidrelétrica

Lançamento do Fórum em Defesa da Copel Telecom. Foto: Manoel Ramires
Imprensa
18.FEV.2020

A Copel é a queridinha dos paranaenses e do mercado financeiro. Maior empresa do Paraná e a que mais contribui com o ICMS do estado, participando com 13,97% de todo o imposto em 2018, ela tem batido recordes de lucro. No terceiro trimestre de 2019, “o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização atingiu R$ 1,2 bilhão, 40,5% maior
que os R$ 855,5 milhões registrados no terceiro trimestre de 2018”, segundo comunicado da empresa.

Mesmo com números expressivos, o governo de Ratinho Junior está “desmontando a Copel”, segundo o deputado estadual Tadeu Veneri (PT). Ele fez um pronunciamento na Assembleia Legislativa em que criticou a privatização da Copel Telecom e a venda do controle acionário da Usina Hidrelétrica Governador Bento Munhoz da Rocha Netto (Foz do Areia), em Pinhão.

“O GOVERNADOR NÃO ESTÁ PONDO À VENDA EMPRESAS QUE DÃO PREJUÍZO. O GOVERNADOR ESTÁ VENDENDO EMPRESAS LUCRATIVAS. POR QUE O GOVERNADOR NÃO FALOU QUE IRIA VENDER A EMPRESA? ELE ESTÁ ABRINDO CAMINHO PARA A VENDA DA COPEL”, QUESTIONOU VENERI.

A Copel Telecom está no radar de privatização. No começo do ano, uma ação popular conseguiu travar o processo de contratação de um banco. Mas o STJ cassou a liminar. A empresa, por escolha do governo, teve EBITDA negativo de R$ 87,5 milhões no terceiro trimestre. Por outro lado, “excetuando esse efeito, o EBITDA ajustado da Copel Telecom teria apresentado crescimento de 11,6% em relação ao 3T18, em virtude, especialmente da redução dos custos com pessoal”, diz o comunicado da empresa que possui uma “rede de transmissão de altíssima capacidade e uma rede de acesso óptico de atendimento aos clientes”.

Já a Usina Hidrelétrica Governador Bento Munhoz da Rocha Netto é a maior do estado com 1676 megawatts de capacidade instalada e 603,3 de garantia física. Como comparação, em seguida vem a usina Governador Ney Aminthas de Barros Braga (Segredo) com 1.260,0 megawatts e 578,5 de garantia física.

De acordo com o governo do estado, a concessão do principal ativo da companhia se encerra em 2023 e a outorga mínima do leilão deve girar entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões.

Voltar a Notícias