A Delegação do Paraná para o 13º CONSENGE, que ocorre no Rio de Janeiro, está definida. Serão 13 membros eleitos durante o Encontro Estadual. As vagas têm representantes natos, de cinco regionais e da Diretoria Colegiada. Além da votação que escolheu a comitiva, o encontro ocorrido nos últimos dias 2 e 3 de junho também se debruçou sobre o tema “Reconstruir o Brasil com soberania popular, engenharia e o movimento sindical”.
Para o Congresso que ocorre a partir de 31 de agosto, o sindicato paranaense discutiu a ORGANIZAÇÃO SINDICAL: Uma nova política sindical; A engenharia brasileira e suas relações institucionais; Políticas públicas estratégicas: cidades, soberania ambiental e alimentar; Crise Biosociopolítica e transformação social; e Os Múltiplos desafios da questão urbana brasileira.
Para a discussão, foram convidados a palestrar Márcio Kieler, Presidente CUT-PR, Alexandre Hungaro, Presidente CTB-PR, Fernando Prioste, Advogado Popular da RENAP – Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares), e Roberto Guidini, engenheiro civil e especialista em mobilidade).
DELEGAÇÃO PARANAENSE
- Vagas natas
- Eng.º Eletric. Leandro José Grassmann
- Eng.° Agr.º Carlos Roberto Bittencourt
- Eng.ª Cartógrafa Ágatha Branco Santos
- Diretoria Regionais
- Eng.º Agr.º Paulo Guilherme Ferreira Ribeiro
- Eng.º Civil Celso Luiz Menegatti
- Eng.º Civil Nelson Muller Junior
- Eng.º Agr.º Eduardo Martins Portelinha
- Eng.º Agr.º Luiz Antonio Scheuer
- Eng.º Eletric. José Quirilos Assis Neto (suplente)
- Diretoria Colegiada
- Eng.° Civil Cícero Martins Junior
- Eng.ª Agr.ª Maria Wanda de Alencar Ramo
- Eng.° Civil Samir Jorge
- Eng.ª Civil Edilene Pires da Silva Andreiu
- Eng.º Agr.º Seg. Trabalho Verginio Luiz Stangherlin
- Eng.ª Civil Luciana Bruel Pereira (Suplente)
DEBATE SOBRE O FUTURO
Ao discutir o novo sindicalismo, o presidente da CUT Paraná, Márcio Kieler, recordou que a reforma trabalhista retirou 200 itens da CLT e todos eles favoreceram os trabalhadores. Nenhuma cláusula pró-patrões foi revogada. Ele ainda destacou que um dos principais ataques foi em relação ao financiamento das entidades. “A CUT era contra o imposto sindical. Mas não apenas a retirada. Era necessário a construção de outro modelo de financiamento como a taxa negocial”, destacou. A sustentação financeira das entidades é um dos principais pontos a serem discutidos no Consenge. Já Alexandre Hungaro, da CTB, alertou que propostas e projetos de leis na atual conjuntura podem ocasionar em perdas trabalhistas. Para a Central, a pauta dos trabalhadores não está consolidada na nova composição do Congresso nacional.
Com relação aos movimentos sociais, o advogado Fernando Prioste abordou a questão habitacional no Brasil e a produção de elementos. Em sua visão, a modalidade hegemônica no campo tem sido de exploração. Para ele, o futuro passa por encarar a agroecologia e a agricultura familiar do ponto de vista tecnológico e de desenvolvimento de alimentos.
Por fim, o engenheiro Roberto Ghidini trouxe suas observações com relação à mobilidade urbana. Ele propôs que a agricultura urbana deve ser fomentada para diminuir a dependência externa para a subsistência das cidades. “Seguir a aposta por cidades orientadas aos transportes públicos e aos modos não motorizados, compactas, acessíveis, autônomas, sociáveis e habitáveis são possivelmente as melhores maneiras de evitar a perpetuação das práticas perversas de modelos insustentáveis oriundos das políticas de favorecer o uso do automóvel privado, com as consequentes infraestruturas, no futuro de nossas cidades”, completou o especialista.