Uma engenharia disposta a construir mais pontes entre as pessoas, com mais inclusão social e conexões e menos barreiras. De acordo com o coordenador do Senge Jovem, Cícero Martins Júnior, está é uma das características de um modelo de engenharia que devemos buscar, com foco na solidariedade, na valorização da inovação tecnológica e da soberania nacional.
Em palestra de encerramento do Intensivo de Férias do Senge Jovem nesta quarta-feira (5), Cícero, que é engenheiro civil da Copel e especializando em gestão e liderança pela Estação Business School, defendeu a necessidade do aprendizado aos futuros profissionais da função social da engenharia e do papel do engenheiro como um agente do desenvolvimento econômico e social brasileiro.
“Uma nova engenharia é aquela que não nos basta o papel operacional a que nós engenheiros muitas vezes somos colocados. É uma engenharia em que, para sermos profissionais plenos, nós precisamos também ser, profundamente, cidadãos. Em que devemos ter a consciência do papel que desempenhamos como trabalhadores, e que nosso trabalho deve contribuir para a construção de um país cada vez mais desenvolvido”.
Além de estudantes de engenharia, ciclo de palestra reuniu acadêmicos de outras áreas – A engenharia em seus vários desdobramentos esteve presente nas cinco palestras do Intensivo de Férias do Senge Jovem, realizada ao longo do mês de julho e no dia 5 de agosto. Mesmo voltado para os futuros profissionais de engenharia, os encontros despertaram interesse de acadêmicos de outras áreas do conhecimento, como química, direito e matemática industrial.
Cerca de 40 estudantes de várias instituições de ensino participaram dos encontros que debateram a carreira do engenheiro, proteção de equipamentos eletrônicos contra descargas atmosféricas, o papel da engenharia nas políticas de inclusão social, política agrária nacional, engenharia solidária e inovação tecnológica.
Na avaliação do coordenador do Senge Jovem, Cícero Martins Júnior, a participação de acadêmicos de outros cursos deve-se sobretudo a amplitude dos temas e do envolvimento da engenharia com várias áreas do conhecimento. “Tivemos palestras mais técnicas e outras mais conceituais. No entanto, todas abordando questões que transcendem assuntos específicos da área da engenharia. Não à toa tivemos a participação de estudantes de outros cursos. O fundamental é colocarmos a engenharia em debate, questionarmos e discutirmos o papel dos futuros engenheiros na sociedade, na construção do conhecimento”.