Governador e presidente da Copel e Copel Telecom durante leilão de empresa de banda larga. Foto: Rodrigo Félix Leal. 
A Copel comunicou ao mercado financeiros e aos acionistas “fato relevante” em que informa a completa privatização da Copel Telecom, negociada na B3 em novembro do ano passado. Na ocasião, o valor mínimo para a compra da empresa era de R$ 1,4 bilhão. A compradora foi o Grupo Bourdeaux Fundo de Investimentos Multi Estratégicos, que ofereceu R$ 2395 bilhões, com 70,94% de ágio.
Segundo o comunicado, foi concluído, “nesta data (03/08), o desinvestimento de 100% (cem por cento) das ações de emissão da Copel Telecomunicações (“Copel Telecom”), de titularidade da Companhia, para a Bordeaux Participações S.A. (“Bordeaux”)”.
A empresa ainda informa que o valor recebido será contabilizado no balanço da companhia no terceiro trimestre de 2021. “Esse montante reforçará o caixa da Companhia e será
destinado, entre outros, a investimentos sustentáveis nos negócios de energia. O reconhecimento contábil desta transação ocorrerá no terceiro trimestre de 2021, com efeito positivo de, aproximadamente, R$ 1,2 bilhão no resultado líquido do exercício”, descreve.
A Divulgação dos Resultados do 2T21 estará disponível dia 11 de agosto, após o fechamento do mercado, no website ri.copel.com, e será apresentada no dia 12 de agosto, às 14 horas.
Grupo comprou a Sercomtel e é questionado por acionistas
O Bordeaux Fundo de Investimento Multimercado Crédito Privado Investimento no Exterior é controlado pelo Santander Caceis Brasil Distribuidora de Titulos e Valores Mobiliarios S.A. Criado em setembro de 2013, está avaliado em R$ 35,692 bilhões. Esse mesmo grupo venceu a licitação da Sercomtel, realizada em agosto deste ano e com ágio de 900% e com compromisso de investir R$ 130 milhões. O Bordeaux é controlado pelo empresário Nelson Tanure, que já havia comprado a Sercomtel de olho no leilão da Copel Telecom.
