O acordo do Programa de Participação nos Lucros e Resultados 2017/18 pode ter mais dois indicadores. A proposta de alteração dos critérios de meta para o acordo foi apresentado pela empresa na reunião quadrimestral com o Senge e demais sindicatos, realizada nesta terça-feira (20) e quarta-feira (21).
Na reunião, o Senge foi representado pelo vice-presidente e engenheiro da Copel, Leandro Grassmann. Os pontos a serem incluídos como itens seis e sete dos critérios são os indicadores coletivos de continuidade DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) e FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora), pelos quais a estatal é avaliado pela Aneel.
A justificativa para a inclusão dos itens no PLR, segundo a Copel, se dá pelo acirramento da agência reguladora nas avaliações de tais indicadores para todas as empresas do setor, sob penalidade de perda da concessão.
Conforme aponta a ata da reunião das entidades com a Copel, os sindicatos questionaram a empresa sobre a inclusão dos indicadores na proposta. A Copel esclareceu que os indicadores DEC/FEC representam um dos maiores desafios da Copel Distribuição, e que podem levar à perda da concessão em caso de descumprimento.
Pelo histórico apresentado pela empresa nos últimos anos, os índices apresentados estão próximos aos limites traçados pela Aneel, chegando a ultrapassar a barreira indicada pela agência em alguns anos. Segundo dados da Aneel, em 2014 e 2015 o DEC apurado na Copel foi acima do estipulado em cerca de dois pontos.
Com isso, de acordo com a empresa, é importante que todos os funcionários, além de trabalharem para o atingimento destas metas, monitorem e sintam-se responsáveis pela fiscalização e cumprimento dos indicadores. A estatal aponta ainda que “as multas são a soma de todas as compensações que foram pagas para os consumidores quando extrapolamos a meta de falta de energia, sendo que o DEC e FEC por si só não geram multas”.
Apos a argumentação e pressão das entidades, ficou definido que os novos indicadores terão peso reduzido neste primeiro ano, e pela proposta para o PLR de 2017/18 assumiriam participação de 5% ambos. No quadro final, os indicadores seguiriam os seguintes pesos: ISQP-Estar entre classificadas 20%; Rentabilidade do Patrimônio Líquido PLR 15%; MPSO/ROL 15%; Disponibilidade do Parque Gerador 20%; SCM4 Garantia de velocidade instantânea 20%; DEC 5% e FEC 5%.
A proposta com as alterações dos indicadores e demais questões será enviada para avaliação do Conselho de Controle das Empresas Estaduais (CCEE) e posteriormente posto à votação dos trabalhadores da estatal. Clique aqui e baixe a íntegra da ata da reunião desta quarta-feira (21), em que foram debatidas questões sobre política e pesquisa salarial, sistema otimizador, sobreaviso e reflexo DSR e Fundação Copel. Aqui, você tem acesso à íntegra da ata da reunião de terça-feira (20), em que foram debatidas as questões do PLR.