A Copel divulgou ontem (12) seu balanço financeiro do terceiro trimestre de 2019. A empresa de energia paranaense registrou lucro EBITDA (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 1,2 bilhão. O que representa crescimento de 40% em relação ao mesmo período de 2018. No acumulado do ano, o lucro chega a R$ 3,2 bilhões, alta de 31% em relação ao ano passado.
A Copel atribui seus resultados a estratégia de melhoria de eficiência e redução de custos, disciplina na alocação de capital para novos projetos e manutenção da alavancagem. A empresa ainda mantém seu propósito de privatizar a Copel Telecom e a Compagas, embora apresentem lucro e crescimento.
Dentro do negócio Copel, a que apresentou maior lucro foi a Copel Geração e Transmissão. No terceiro trimestre, o lucro EBITDA atingiu R$ 541,1 milhões, representando 18,4% a mais do que mesmo período de 2018. No acumulado do ano são R$ 1,8 bilhão e aumento de 24,5% em relação ao ano passado.
Na linha para ser privatizada, a Copel Telecom arrecadou R$ 49 milhões no terceiro trimestre de 2019 e acumula arrecadação de R$ 148 milhões em 2019. Isso significa 18,8% a mais que igual período de 2018, quando o lucro chegou a R$ 124,6 milhões.
O lucro bilionário da Copel envolve duas receitas básicas: aumento de tarifa e redução do quadro de funcionários. De acordo com o relatório, numa ponta houve “aumento de 14,4% na Receita de fornecimento de energia elétrica, em virtude principalmente do reflexo do reajuste da tarifa de energia da Copel DIS em 15,61% a partir de 24.06.2018, parcialmente compensada pela redução tarifária de 4,11% em 24.06.2019 e acrescida pelo crescimento do número de clientes da Copel Comercialização”.
Os dados foram comemorados pelo presidente da empresa, Daniel Pimentel Slaviero. “Fruto da excelência do trabalho do corpo de empregados, quero destacar o enorme resultado alcançado pela Copel Distribuição, que alcançou índices de eficiência que igualam ou mesmo superam os das melhores empresas privadas do setor elétrico”, afirmou.
Na outra ponta, houve queda nos custos e despesas operacionais acumulados até setembro de 2019 de 1,9% quando comparados os períodos de 2018 e 2019. A redução se deve, principalmente, a “redução de 12,5% em Energia elétrica comprada para revenda e redução de 11,3% na conta Pessoal e administradores em virtude principalmente da provisão para demissões incentivadas”.
Em setembro de 2018, a empresa tinha 8064 funcionários. Agora são 7513. E a tendência é pela redução do quadro pessoal. A Copel anunciou em 29 de outubro seu novo Programa de Demissões Incentivadas (PDI) que pretende enxugar a empresa em até 492 funcionários. Os trabalhadores serão desligados de 1º e 15 de dezembro de 2019.