Um pedido de CPI da Copel já conta com oito assinaturas na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). A investigação suspeita de irregularidades na prestação de contas da empresa de energia que o governador Ratinho Junior (PSD) tenta já antecipar a privatização. A oposição aponta que, se vendida, o preço das tarifas pagas pelos paranaenses deve subir.
O pedido ocorre “para apurar fatos determinados relativos à existência da dívida e irregularidades na condenação da Copel em juízo arbitral com indispensável impacto nas demonstrações financeiras e suas consequentes repercussões, e possíveis fraudes na contratação e execução de trabalho de assessorias no processo de privatização da COPEL”.
De acordo com o apurado, a empresa teria “escondido” de seu balanço dívida de R$ 3,2 bilhões de seus acionistas, inclusive o BNDES. “A Copel tenta anular na Justiça Estadual do Paraná a sentença arbitral e postergar a cobrança de R$ 3,295 bilhões indicada pelos credores em janeiro deste ano. Em nota, a estatal paranaense destaca que, por conta dos questionamentos feitos judicialmente, o assunto ainda não tem uma “decisão definitiva”, disse um jornal.
A empresa, que deve explicações ao povo paranaense, já foi cobrada pela Comissão de Valores Econômicos (CVM), que notificou a Copel em 15/06/2023 para prestar explicações sobre a possível omissão da dívida bilionária. Em sua defesa, a empresa diz que “se trata de notícia que propaga em seu conteúdo – desde a manchete – fatos inverídicos oriundos de litígios protegidos por sigilo”.
AUMENTO DE TARIFA
Em aviso aos acionistas, a Copel informou que conseguiu homologar o índice de Reajuste Tarifário Anual com a ANEEL. O efeito médio a ser percebido pelos consumidores é de 10,50% e deve ser aplicado a partir de 24 de junho de 2023.