Com 63,25%, copelianos aprovam proposta de ACT 22/24

Empresa se compromete em aplicar reajuste ainda em janeiro

Copelianos aprovam proposta e ACT 22/24 deve entrar em vigor
Comunicação
19.JAN.2023

A data-base dos copelianos é outubro. Mesmo assim, os profissionais tiveram que comparecer às urnas pela terceira vez para deliberar sobre a proposta da empresa de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). As duas outras propostas haviam sido recusadas. Desta vez, a categoria disse sim à minuta que define o reajuste dos salários e vales, banco de horas e jornada, férias, financiamento da Fundação Copel e a Política de Demissão Voluntária (PDV) diante da possibilidade de privatização da empresa. 4645 votaram, representando 82,23% dos 5632 funcionários da companhia de energia aptos a votar. Com o resultado positivo, a Copel será comunicada.

Em mesa de negociação a empresa se comprometeu a aplicar os reajustes ainda em janeiro de 2023, pagando valores retroativos a outubro de 2022, mês de aniversário da data-base. 

RESULTADO 

SIM  2945 votos – 63,25%

NÃO 1700 votos – 36,51%

BRANCO 4  votos

NULO  4 votos

ABSTENÇÃO 3 votos

TOTAL 4656 votos (82,23% dos copelianos) | 5632 aptos a votar votantes (Demais são diferenciados e não integram os coletivos)

Privatização e PDV

A negociação deste ano é cercada por muitas dúvidas desde que o Governo do Paraná, por intermédio do governador Ratinho Júnior (PSD), anunciou a intenção de vender as ações da empresa, privatizando-a. Um projeto de lei foi aprovado na Assembleia Legislativa do Paraná e a Copel estima que o processo ocorra até outubro de 2023. Com a venda, os funcionários temem demissão em massa. Durante as negociações a Copel apresentou um PDV estendido para regulamentar a possibilidade do enxugamento do quadro de funcionários até 2027.

Por outro lado, a mudança de Governo Federal pode travar a venda de ações. O presidente Lula (PT) já afirmou que pretende rever os processos de privatização adotados no país. Embora a Copel seja controlada pelo governo do estado, a União detém 12,4% das ações votantes via BNDSPAR, e 31,2% de PNB. Enquanto isso, sindicatos e entidades têm se mobilizado para questionar a venda. Em meio a isso, os coletivos sindicais debateram uma cláusula que invalida o PDV caso a privatização não se consolide.

PLR em discussão

Durante a mesa de negociação, foi construído os índices relativos ao PLR pelos próximos anos. As metas são previstas para 2023 e 2024, sendo feito o pagamento em 2024 e 2025. Apesar da apresentação da proposta, os sindicatos informaram que ela não será submetida à base até que o ACT tenha sido aprovado. Portanto, essa votação não abrangeu este ponto. Na próxima semana as entidades vão comunicar sobre esse processo para consulta à base.

Para o PLR, a Copel oferece:

2023/2024 – 65% fixo | 35% proporcional

2024/2025 – 60% fixo | 40% proporcional

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Carta de oposição

As entidades também informaram que o acordo ainda abre espaço para que funcionários apresentem carta de oposição. O prazo será de 10 dias, entre 20 a 30 de janeiro. Cada entidade comunicará sua base sobre o procedimento.

Por outro lado, reforçam. “Compareça ao sindicato para assinar a carta de sindicalização. Entidades fortes têm condições de enfrentar campanhas salariais longas como essa que agora se encerra. O resultado dessa negociação beneficia a todos. O importante é ter consciência de classe”, sublinham.

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