Coletivo de Aposentados Apresenta resumo da obra ‘Terra Sonâmbula’ de Mia Couto”

Comunicação
17.MAIO.2024

Por Orlando Lisboa

Coletivo de Aposentados do SengePR

Resenha do Livro “Terra Sonâmbula”

Mia Couto, escritor moçambicano, é amplamente apreciado pelos leitores brasileiros, sendo o mais popular entre os escritores de Moçambique nesse público. Descendente de portugueses, Couto possui formação em Biologia e já atuou como jornalista. Ele é reconhecido por sua habilidade tanto na prosa quanto na poesia, tendo sido agraciado com diversos prêmios, incluindo o prestigiado Prêmio Camões. Além disso, é sócio correspondente da Academia Brasileira de Letras (ABL).

Entre suas diversas obras, “Terra Sonâmbula” destaca-se como um poderoso retrato da vida de pessoas simples em Moçambique, um país marcado por conflitos intensos. Situado inicialmente nos anos 70, período da independência de Portugal, e logo em seguida pela longa guerra civil, o livro utiliza a guerra como pano de fundo para explorar a profundidade humana e cultural dos seus personagens.

O enredo de “Terra Sonâmbula” centra-se nos personagens que, em meio ao desalento, buscam escapar dos conflitos devastadores. Eles enfrentam a perda de contatos e a constante luta para preservar suas crenças ancestrais, que frequentemente se chocam com a cultura dos antigos colonizadores. Mia Couto oferece um recorte intimista e poético da vida em Moçambique, mostrando um povo que, apesar de falar português devido à colonização, mantém viva uma rica tapeçaria de dialetos e tradições locais.

O romance não apenas narra a dura realidade da guerra, mas também celebra a resiliência e a riqueza cultural de Moçambique. Através de sua prosa envolvente e lírica, Couto convida os leitores a mergulharem no universo dos moçambicanos, compreendendo suas lutas, suas alegrias e sua profunda conexão com a terra.

Qual a Relação com a Engenharia?

“Terra Sonâmbula” pode ser relacionado com a engenharia através de sua abordagem aos desafios humanos e sociais que emergem em tempos de conflito e transformação. Engenheiros frequentemente trabalham em ambientes adversos, necessitando de resiliência e inovação para solucionar problemas complexos. Assim como os personagens de Couto devem adaptar-se e encontrar soluções em meio ao caos, engenheiros precisam desenvolver soluções criativas e eficientes para construir e reconstruir infraestruturas, melhorando a qualidade de vida das comunidades afetadas por desastres e conflitos. Além disso, a preservação e respeito pelas culturas locais, como ilustrado no livro, são princípios importantes na engenharia socialmente responsável, que busca integrar soluções tecnológicas com a valorização dos contextos culturais e históricos das regiões onde atua.

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