Apagão reflete sucateamento da Eletrobras após privatização, apontam entidades sindicais

SENGE NA IMPRENSA: Se uma linha de transmissão ou subestação falha, pode ser que as demais não consigam suportar o remanejamento de carga

Comunicação
17.AGO.2023

Na última terça-feira (15), todas as unidades da federação, com exceção apenas de Roraima, sofreram um “apagão”, isto é, a interrupção inesperada e generalizada do fornecimento de energia elétrica.

Leandro José Grassmann, engenheiro eletricista, presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR) explica, que o Sistema Interligado Nacional (SIN) – composto, principalmente, por usinas hidrelétricas distribuídas em diferentes regiões do país – forma um conjunto de linhas de transmissão e subestações (estação secundária que em uma rede elétrica, transforma e distribui a corrente de uma central) que aumenta a confiabilidade.

Assim, caso uma linha de transmissão ou subestação falhe, outras assumem parte ou toda a carga transmitida, o que faz com que inconsistências, muitas vezes não sejam percebidas pela população, mas esta capacidade é restrita. Além disso, de acordo com o especialista, o Sistema Interligado Nacional tem operado muito próximo do seu limite em várias localidades.

“Se uma linha de transmissão ou subestação falha, pode ser que as demais não consigam suportar o remanejamento de carga. Acaba ocorrendo efeito cascata, e grandes áreas ficam sem suprimento de energia. É como uma malha de rodovias com muito tráfego. Se uma congestiona, os motoristas tentam desviar por outras, mas se as outras já estão cheias, congestionam”, pontua.

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