Alep aprova lei em homenagem a Enedina Marques, primeira engenheira negra do Brasil

Enedina foi a primeira mulher negra no Brasil a se formar em engenharia e a primeira mulher a ter essa graduação

Enedina Marques, pioneira da engenheira do Paraná e primeira mulher negra do Brasil a se formar em Engenharia. Foto: Arquivo/Alep
Comunicação
12.AGO.2020

O projeto de 973/2019, de autoria dos deputados Goura (PDT) e Do Carmo (PSL), que homenageia Enedina Marques, pioneira da engenheira do Paraná e primeira mulher negra do Brasil a se formar em Engenharia, foi aprovado em segunda discussão, na terça-feira, 28 de julho, na Assembleia Legislativa do Paraná, e seguirá para sanção do governador, visto que houve a dispensa da votação em redação final.

A proposta dá o nome da engenheira ao trecho da rodovia PR-340 entre as localidades de Cacatu e Cachoeira de Cima, em Antonina onde se inicia a estrada de acesso à então Usina Capivari-Cachoeira, que depois recebeu novo nome em homenagem ao Governador Pedro Viriato Parigot de Souza, que foi governador do Paraná entre 1971 e 1973.

Foi justamente o projeto de aproveitamento das águas dos rios Capivari e Cachoeira para a construção da usina que é reconhecido como o seu maior feito na engenharia, enquanto trabalhou no Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica do Paraná da Secretaria de Estado de Viação e Obras Públicas. Ela também trabalhou no desenvolvimento do Plano Hidrelétrico do Paraná em diversos rios do estado.

“A Enedina foi uma mulher que esteve à frente do seu tempo. Não aceitou os padrões sociais injustos e provincianos de sua época. Sonhou e ousou muito. Superou muitos obstáculos para conquistar o seu espaço, mas teve reconhecido os seus méritos ainda em vida”, disse o deputado Goura.

Primeira engenheira

Enedina Marques foi a primeira mulher a se graduar em Engenharia Civil no Estado do Paraná, em 1945, na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Além disso, foi a primeira mulher negra no Brasil a se formar em engenharia e a primeira mulher a ter essa graduação.

O deputado conta que Enedina venceu diversas barreiras para chegar à universidade. “Ela enfrentou discriminação por parte de alunos e de alguns professores. Mas ela conquistou amigos e solidariedade dentro e fora do curso, que concluiu aos 32 anos”, lembra.

Fonte: Alep

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