70% dos acordos coletivos em fevereiro foram abaixo da inflação

Inflação e crise sanitária contaminam negociações de trabalhadores

Trabalhadores mobilizados. Foto: Roberto Parizotti/APEOESP
Comunicação
29.MAR.2021

ALERTA NEGOCIAÇÕES – O Caderno de Negociações do DIEESE mostra um ano ainda mais difícil para a classe trabalhadora. A dificuldade das negociações coletivas encontram como grandes barreiras a crise sanitária e a alta da inflação. Isso tem feito com que os reajustes salariais contabilizem perdas. Em fevereiro deste ano, 70,4% dos acordos foram fechados abaixo da inflação. Tendência que se repete o mês de janeiro, quando o Sistema Mediador do Ministério da Economia registrou 59,2% dos acordos sem sequer repor a inflação do período.

Na avaliação do DIEESE, “a crise sanitária, econômica e política, o alto desemprego e a inϐlação maior explicam as diϐiculdades das negociações de conseguirem o reajuste necessário para repor as perdas salariais”.

Trabalhadores da comunicação e da saúde privada tiveram os piores acordos em fevereiro. Dos cinco acordos realizados para a comunicação no período, nenhum teve ganho real e 80% sequer repuseram a inflação. Na saúde privada foram 14 acordos celebrados, sendo 85% abaixo da inflação.

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