Senadora Vanessa Grazziotin participa de seminário sobre a reforma da Previdência em Curitiba

Senge Paraná
05.MAIO.2017

A presença da senadora Vanessa Grazziotin (PcdoB-AM) no seminário “Reforma da previdência e o impacto na vida dos (as) trabalhadores (as)” fez lotar o auditório do Senge-PR, em Curitiba, nesta quinta-feira (4). O evento foi realizado pela Seção Paraná da União Brasileira de Mulheres (UBM), com apoio do Senge e do Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) – 11ª Região.

A parlamentar amazonense é procuradora Especial da Mulher do Senado, integra o Conselho Nacional dos Direitos Humanos e está entre a minoria da Casa que se posicionada contra as reformas da Previdência e Trabalhista. A análise da correlação de forças interna do Congresso leva a parlamentar a afirmar que o maior embate se dará na Câmara dos Deputados, onde a base governista tem maior coesão.

“A reforma trabalhista que eles [Câmara dos Deputados] aprovaram é o maior absurdo que poderia haver. Eles discutiram em duas palavras, sem debate real”, garantiu a senadora, referindo-se às manobras adotadas pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para impor o regime de urgência na tramitação do PL 6787/2016. Ela recordou que já houve a tentativa frustrada de aprovar a prevalência negociado sobre o legislado, no início dos anos 2000, ainda durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC).

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Integrantes da diretoria do Senge e do Senge jovem estavam entre os participantes do Seminário.

Grazziotin rebate o argumento de que a reformas formas propostas por Michel Temer tratam-se de modernizações: “Se a CLT tem 70 anos, ela não está parada no tempo, mas vem sendo modificada. Várias mudanças foram feitas para acompanhar essas evoluções, e várias outras poderiam ser feitas, mas sem retrocessos”, defende.

A fragilização do papel da Justiça do Trabalho está entre os pontos mais preocupantes da reforma trabalhista, na leitura da senadora. Ela relembra que Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, Gilmar Mendes, ministro do STF, e Ricardo Barros, ex-deputado e atual Ministro da Saúde, estão entre as figuras públicas que já se pronunciaram publicamente favoráveis ao enfraquecimento deste setor do judiciário.

Grazziotin afirmou a necessidade de ampla organização e mobilização dos movimentos sindicais e sociais para pressionar o Congresso contra a aprovação das reformas. De acordo com a senadora, o Paraná tem conquistado grande visibilidade no cenário nacional para diversas pautas, por ser o estado base da Lava Jato. Este fator, na opinião da parlamentar, aumenta a responsabilidade para a continuidade da resistência contra as reformas.

Eugênia no Senado

Mary Stela Bischof, engenheira agrônoma da Emater e integrante da diretoria do Senge, encerrou o encontro com o reforço da posição contrária do Sindicato contra os retrocessos dos direitos trabalhistas e sociais. “Temos que juntar as categorias, grupos e movimentos que estão discutindo as reformas e fortalecer a resistência contra as reformas que nos prejudicam”.

A engenheira também presenteou a senadora com tirinhas da personagem Engenheira Eugênia, criada pelo Coletivo das Mulheres da Fisenge. “Agora a Eugênia também vai para o Senado”, brincou Mary Stela.

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A cada tirinha, a Eugênia apresenta um debate importante para a classe trabalhadora, em especial para as mulheres. Entre os objetivos da iniciativa está estimular e fortalecer a participação das mulheres nos sindicatos de engenheiros e também na política de forma geral.

Vanessa Grazziotin também encampa as pautas das mulheres em sua atuação no Senado – e a própria composição da casa demonstra a urgência do tema: do total de 81 senadores, apenas 13 mulheres são mulheres, ou seja, 16%.

 

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