Estudantes recém-chegados aos cursos de Agronomia, Arquitetura, Engenharia Elétrica e Civil da Universidade Estadual de Londrina (UEL) foram acolhidos com um “trote” diferente. Mais de 200 calouros participaram de um mutirão de pequenas reformas e reparos no Núcleo Social Evangélico de Londrina (Nuselon), nos dias 19 e 20 de abril.
A instituição Nuselon atende crianças e adolescentes, de bebês até jovens de 18 anos, em situação de vulnerabilidade e risco pessoal e social. As três casas da entidade passam por diversos reparos: conserto de interruptores e ventiladores, troca de chuveiros e lâmpadas, reforma dos brinquedos dos parquinhos, pintura da quadra de esportes e da fachada da instituição. O jardim da entidade também recebeu mudas de frutíferas.
O trote solidário foi uma ação conjunta mobilizada pelo Senge Jovem, a Regional do Senge em Londrina, o Colegiado do curso de Engenharia Elétrica, o Centro Acadêmico de Engenharia Civil e representes dos demais cursos.
Tayná da Silva, estudante de engenharia Elétrica e integrante do Senge Jovem, frisa a necessidade de que a ideia do “trote” para os calouros seja reformulada e que as práticas de violência contra os estudantes sejam banidas da universidade.
No trote solidário, a participação de cada estudante é voluntária e o objetivo principal é ajudar a comunidade: “Muita gente entra na Engenharia e tem uma visão de que não terão responsabilidade com a comunidade externa, mas a gente quer mostrar que é possível e necessário usar a profissão, seja qual for, com responsabilidade social”, garante a jovem.
Ela ressalta a importância de ser mais do que um bom profissional da área: “Precisamos ser mais humanos. São pequenas coisa que, se a gente fizer, fazem a diferença”.
Ação conjunta
A recepção aos calouros das engenharias não é novidade entre as ação do Senge Jovem, mas o trote solidário foi realizado pela primeira vez pela Regional de Londrina. Tayná da Silva aponta a união dos cursos como uma das principais qualidades da ação. “As turmas se envolveram muito na ação. Foram dois dias de atividades, ao longo de manhã e da tarde, e a gente vai voltar para finalizar os trabalho que não conseguimos terminar”, conta a estudante.
Os custos da reforma foram viabilizados pelo próprio Senge-PR e pelo Senge Jovem. Todo trabalho foi acompanhado de perto pelo coordenador do Colegiado da Engenharia Elétrica, professor Francisco Granziera Junior, por um engenheiro já formado e pela integrante do Senge Jovem, Tayná da Silva.
Em Curitiba
No início de abril, o Senge Jovem de Curitiba realizou um trote solidário com participação de centena de estudantes engenharia da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Os jovens fizeram mutirão de pintara e limpeza de uma escola estadual da capital.
