Mais de 30 mil trabalhadores ocupam as ruas de Curitiba nesta quarta-feira (15) em protesto contra a Reforma da Previdência (PEC 287) e a Reforma Trabalhista (PL 6.788/16), medidas do governo federal em trâmite no Congresso que afetam milhares de brasileiros. Presente na manifestação, o Senge defende os direitos dos profissionais e é contra ações que prejudiquem a aposentadoria e as garantias trabalhistas.
“Mulheres, trabalhadores do campo, engenheiros que teriam direito a aposentadoria especial e vários outros profissionais que contribuem todos os meses, por anos, para a previdência serão prejudicados com reformas que propõem um retrocesso aos direitos dos trabalhadores. O Senge jamais será omisso diante de ações como essas. É contra tais medidas que ocupamos as ruas e dizemos ‘Não!’ às reformas do governo federal que derrubam direitos históricos conquistados com a luta do povo”, defende o presidente do Senge, Carlos Roberto Bittencourt.
A manifestação integra o Dia Nacional de Paralisação Contra a Reforma da Previdência, formado por uma atos realizados em todo o país. Em Curitiba, ao menos oito categorias profissionais, dentre professores da rede estadual e municipal de ensino, bancários e motoristas do transporte coletivo, deflagraram greve de um dia para participar da manifestação. No Paraná, a manifestação ocorre também em várias cidades, como Ponta Grossa, Maringá, Londrina e Foz do Iguaçu.
Conforme já noticiado pelo Senge na atual edição do Jornal do Engenheiro e em outros textos no site e redes sociais, entre os problemas da reforma previdenciária está a proposta de extinção da aposentadoria por tempo de trabalho. Se aprovada, a PEC elevaria a idade mínima da previdência para 65 anos, para homens e mulheres.
Para aos engenheiros, as propostas de mudança na aposentadoria especial podem trazer ainda mais impactos. Ao exercem atividades de risco, os engenheiros têm direito a receber o benefício quando completam 25 anos de trabalho. Porém, enquanto a lei atual afirma a necessidade de comprovação do “efetivo risco à saúde e à integridade física”, a PEC 287 cobra o “efetivo dano” à saúde. Dessa maneira, especialista avaliam que a aposentadoria especial seria banida, e no lugar ficaria um benefício por incapacidade, uma vez que será necessário provar o dano já adquirido.
O Senge está presente na manifestação, representado pelo presidente, Carlos Roberto Bittencourt, pelo vice-presidente Valter Fanini, pelo diretor financeiro Leandro Grassmann, e pelos diretores Cícero Martins Júnior e Márcio Silva. Também participam do ato em Curitiba a coordenadora da regional do Senge Jovem em Curitiba, a estudante de engenharia Letícia Partala e demais representantes do Senge Jovem.