Em assembleia virtual realizada na noite do dia 27 de fevereiro, os profissionais do CREA-PR definiram a pauta de reivindicações que será encaminhada para o Conselho. A discussão, que ocorre nos 90 anos da entidade, levou em consideração o bom cenário econômico que o país vive e a necessidade de valorização da classe trabalhadora. A reunião virtual foi convocada por Senge-PR e Sindifisc-PR. A data-base da categoria é 1o de abril.
A formação da pauta iniciou com uma consulta à base. Os funcionários do CREA-PR puderam enviar sugestões por e-mail com antecedência. As propostas foram agrupadas e levadas à discussão durante a assembleia. O mecanismo ajudou a direcionar a discussão e definir os pontos mais importantes. Foram apresentadas mais de 70 propostas para 33 temas. As cláusulas sugeridas abordam questões financeiras, gratificações, direitos e saúde profissional.
Com relação ao reajuste, a pauta leva em consideração o bom cenário financeiro do país e o reajuste do salário mínimo de 6,97% ocorrido no começo do ano. Segundo o DIEESE, o reajuste deste ano “representa ganho real de 4,57%, quando se leva em conta a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (INPC/IBGE) para o período de janeiro”. Ainda segundo o Departamento, essa política “tem impacto positivo sobre os reajustes dos pisos salariais das diversas categorias de trabalhadores e trabalhadoras”. É nesse ponto que se justifica a pedida dos funcionários do CREA-PR
Outro ponto em questão é que as negociações recentes têm beneficiado os trabalhadores. No ano passado, 77% das negociações tiveram ganho real. Já em 2024, esse percentual sobe para “83,2% dos 322 reajustes salariais registrados no Mediador até 5 de fevereiro. O ganho real atingiu a marca de 1,89% acima da inflação”.
Pauta com itens sociais e direitos
A pauta a ser protocolada até o início de março traz itens importantes relacionados aos direitos dos funcionários. Um deles é a licença paternidade/maternidade. “Concessão da licença maternidade/paternidade, por 180 dias destinado às mães e aos pais e também aos casais homoafetivos e pais solteiros. Objetivo é que as pessoas tenham condições de exercer o papel de cuidador de forma igualitária”, defendem os funcionários.
Outro artigo visa proteger as mulheres de violência doméstica: “Concessão de 10 dias de afastamento a contar do registro do BO, emitido por autoridade policial, caso a vítima apresente atestado médico de afastamento com tempo inferior a 10 dias, serão considerados os 10 dias”, diz um trecho.
A pauta deste ano ainda trata de jornada de trabalho, auxílios creche e educação, cuidados com a saúde e prevenção, gratificações, entre outros.