Crea-RJ lança Censo Mulher 2022

Pesquisa faz parte do Plano de Ação Anual (PAA) do Grupo de Trabalho Mulher Crea-RJ

Comunicação
19.OUT.2022

Foi lançado o estudo “As Profissionais Com Registro/Visto No Crea-RJ: Levantamento E Análise De Questões Relacionadas Às Suas Atuações Profissionais”, que faz parte do Plano de Ação Anual (PAA) do Grupo de Trabalho Mulher Crea-RJ, sendo a base do Censo Mulher Crea-RJ.

O trabalho começou com a análise dos dados dos profissionais com registro ativo no Crea-RJ, totalizando 138.097 indivíduos, dos quais 23.185 (16,79%) são mulheres e 114.912 (83,21%) são homens.

O foco deste estudo foram as mulheres registradas no Crea-RJ, mas para efeito de estudos de gênero, deve-se comparar os dados de ambos os sexos; analisar os dados referentes às mulheres por comparação àqueles referentes aos homens. Portanto, esta análise contém dados de ambos os gêneros.

Iniciou-se a análise por grupos etários, os quais foram comparados segundo o sexo; em seguida, foram analisados e comparados os dados dos profissionais por grupos de data de colação e sexo; foram calculadas e comparadas as médias de idade ao se graduarem para ambos os sexos; foram organizados, analisados e comparados os dados dos profissionais segundo suas nacionalidades e naturalidades, os quais foram agregados, respectivamente, por continente e por Região; foram analisados e comparados os dados dos profissionais por estado civil; foram analisados e comparados os dados dos profissionais por graduação.

Foram separados os graduados nas engenharias, os quais foram analisados e comparados por especialidade e por sexo; foram analisados e comparados separadamente os engenheiros da Civil, Elétrica, Mecânica, Produção e Química por apresentarem os percentuais mais altos de engenheiros registrados no Crea-RJ.

Dos resultados alcançados, vale destacar:

–Quanto à idade: na distribuição de mulheres por grupos etários, o percentual mais alto (34,49%) têm idades entre 21 e 30 anos.

–Quanto ao período de colação: na distribuição de mulheres por grupos de data de colação, o percentual mais alto (28,36%) colou grau entre 2020 e 2022.

–Quanto à média de idade quando da graduação: as mulheres se graduam até dois anos mais jovens do que os homens.

–Quanto à nacionalidade: as brasileiras (16,85%) e as asiáticas (15%) apresentaram os percentuais mais altos.

–Quanto à naturalidade: o maior percentual de mulheres está na Região Sudeste (15,06%).

–Quanto ao estado civil: apresentou-se uma diferença significativa entre o percentual de solteiras (67,40%) e casadas (25,05%).

–Quanto ao tipo de graduação: entre as diferentes graduações dos profissionais, as mulheres apresentam percentuais mais altos em Meteorologia (42,42%), Geografia (38,27%), Geologia (24,20%), Agronomia (22,19%) e Cartografia (20,53%). Nas engenharias esse percentual é de 16,48%.

–Quanto às especialidades das engenharias: os percentuais de mulheres são superiores às dos homens em Alimentos (66,18%), Bioquímica (64,71%) e Biomédica (52,38%). Os percentuais de mulheres aproximam-se dos 50% em Agroindustrial (46,15%), Sanitária (43,74%) e Química (40,75%). Abaixo de 10% tem-se Elétrica (9,50%), Minas (9,17%), Mecânica (6,35%), Aeroespacial (4,61%) e Industrial (2,78%).

Observa-se que tanto em relação ao tipo de graduação quanto às especialidades das engenharias, os maiores percentuais de participação feminina estão entre as graduações e especialidades com baixa representatividade no universo de profissionais ativos do Crea-RJ.

Pode-se, então, concluir que o campo das engenharias e afins continua sendo, em termos numéricos, predominantemente masculino; no entanto, vem aumentado a participação de mulheres no campo e essa mudança quantitativa pode ser o início de uma mudança qualitativa, no sentido dele passar a ser um campo onde não haja relação de poder baseada no gênero, onde não haja uma sujeição das mulheres às regras masculinas; mas uma relação social entre homens e mulheres, onde as regras venham a ser estabelecidas por ambos.

A segunda etapa do estudo consistiu de levantamento, análise e leitura de publicações científicas voltadas para as particularidades da formação e da atuação profissional das engenheiras, agrônomas, geólogas, geógrafas, cartógrafas e meteorologistas brasileiras para a produção de uma revisão da literatura.

Foram selecionados exclusivamente artigos, monografias de graduação, dissertações de mestrado e teses de doutorado que descrevessem pesquisas empíricas sobre o tema. Faz parte desta revisão 20 artigos, 4 monografias, 19 dissertações, 6 teses e 1 relatório técnico, os quais foram publicados em 1986 (1), 1999 (1), 2004 (1), 2006 (5), 2007 (1), 2009 (3), 2010 (3), 2011 (5), 2014 (3), 2015 (2), 2016 (4), 2017 (3), 2018 (3), 2019 (6), 2020 (5), 2021 (3), 2022 (1), totalizando 50 trabalhos de pesquisa.

Estes trabalhos voltaram-se para levantar e analisar informações sobre mulheres na engenharia em geral ou em um conjunto de áreas (28), na engenharia civil (6), na engenharia de produção (5), na engenharia naval (1), na engenharia espacial e do meio ambiente (1), na engenharia mecânica (1), na engenharia elétrica (1), na agronomia (4), na geologia (2) e na meteorologia (1). Desses 50 trabalhos, 47 foram escritos por mulheres.

Abaixo, sumariza-se evidências consideradas mais relevantes quanto aos resultados alcançados pelos estudos aqui analisados, as quais foram organizadas de acordo com as seguintes constatações: a engenharia é um campo masculino; há uma divisão sexual no campo; a maternidade afeta negativamente a participação no campo; a discriminação de gênero existe e se manifesta de várias formas.

Campo masculino

Os estudos analisados apresentam evidências de que os percentuais de estudantes e profissionais nas engenharias e afins vêm aumentando, mas a participação delas no campo ainda é consideravelmente menor do que a dos homens. Participação menor não só quantitativamente, mas também qualitativamente, visto que as posições de comando são ocupadas majoritariamente por homens, o que reforça a dominação masculina no campo.

Para atuarem e serem aceitas em um campo predominantemente masculino, espera-se que as mulheres incorporem e reproduzam características tidas como masculinas, como competitividade, objetividade, individualismo, frieza e rigidez disciplinar. As qualidades tidas como femininas, atenção, cuidado, dedicação seriam vantajosas para o exercício de determinadas atividades, mas desvantajosas para atuarem no campo em posições de comando, por exemplo.

Divisão sexual do trabalho

A divisão sexual do trabalho implica em uma segregação horizontal (distribuição desigual por especialidades e atividades baseada no gênero) e uma segregação vertical (impedimentos e entraves para ascensão hierárquica baseados no gênero). A divisão sexual está justificada pela diferença entre mulheres e homens com base em suas características biológicas, as quais determinariam o cognitivo e o emocional.

A segregação horizontal se manifesta na distribuição desigual de homens e de mulheres nas especialidades da engenharia e na distribuição desigual de homens e de mulheres por atividades nas engenharias e afins. A segregação vertical se manifesta na distribuição desigual de homens e de mulheres nos cargos dentro de instituições e empresas, pois quanto mais alto o cargo na hierarquia empresarial ou institucional, menor o número de mulheres.

Ainda na segregação vertical, pode-se observar a velocidade de ascensão, mais rápida para eles, bem como a existência de uma espécie de reserva das posições mais altas e de comando para os homens.

Pode-se observar a divisão sexual horizontal do trabalho em determinadas especialidades da engenharia, como a Civil, Minas, Metalurgia e Mecânica e em atividades como em canteiros de obra, fábricas e siderúrgicas, onde haveria forte resistência à presença de mulheres, tanto por parte dos operários quanto por parte dos engenheiros. Essa resistência teria como justificativa as características das atividades, que só poderiam ser executadas por homens devido ao ambiente rude, trabalho pesado e sujo e a falta de infraestrutura nos alojamentos e sanitários, ambiente de trabalho agressivo e insalubre, processos “pesados” de trabalho, trabalho realizado em pontos longínquos e distantes das zonas urbanas.

Em canteiros de obra, fábricas e siderúrgicas caberia às engenheiras e afins atividades dentro dos escritórios. Haveria, então, uma separação entre atividades masculinas e femininas, as mulheres atuando mais em tarefas burocráticas e os homens no campo e na produção.

Pode-se observar a divisão sexual vertical do trabalho no número reduzido de mulheres em cargos de gerência. Essa desigualdade é justificada na resistência que operários teriam em aceitar autoridade feminina, o que levaria os empregadores a preferirem homens em posição de comando. Além de as mulheres terem que lidar com dificuldade para ascender na hierarquia das empresas e instituições, elas têm que encarar também a desqualificação quando ascendem, a qual é atribuída a outras qualidades que não a profissional.

Haveria uma clara demarcação do que é feminino e do que é masculino com base no senso comum, de que a fragilidade das mulheres seria impeditiva para a ocupação de cargos mais altos na hierarquia e para lidarem de modo impositivo com colegas e subalternos. Essa dificuldade caracteriza o assim chamado ‘teto de vidro’, como algo que não se vê, mas que existe e que dificulta a ascensão de mulheres a cargos de chefia.

Maternidade e cuidados com a família

A maternidade é vista como um complicador para o exercício profissional bem como para uma ascensão hierárquica, repercutindo negativamente em suas carreiras. Os compromissos familiares são vistos como obstáculo à ascensão a cargos hierarquicamente mais altos e com melhor remuneração, pois implicariam em menor disponibilidade para estender o expediente até mais tarde ou viajar com certa frequência.

Como solução, algumas optaram por atuar em instituições de ensino e pesquisa e instituições públicas, pois pela flexibilidade de horário, lhes permitiriam melhor conciliar trabalho e família. E algumas decidiram adiar ou rejeitar a maternidade ou ainda optar pela vida celibatária.

Nos arranjos para ajustar vida familiar e pessoal e vida profissional, dependiam de uma estrutura em suas casas, como empregadas, a colaboração do parceiro ou o apoio da mãe. Mas as maiores dificuldades eram a conciliação com a amamentação, o cuidar do bebê e da casa ao fim do expediente.

Discriminação de gênero

Uma parte considerável dos estudos aqui analisados procuraram dar conta de como se manifestava a discriminação de gênero tanto no período de formação quanto no período de atuação profissional.

A discriminação de gênero pode se manifestar das seguintes maneiras:

–Ser impedida de falar ou ter a fala desqualificada, não ser ouvida, dificuldade de serem ouvidas em reuniões ou em conversas informais, os homens procurando sempre dominar a conversa, usando tons mais altos ou mesmo impedindo-as de expressarem suas opiniões e procurarem desqualificá-las em discussões técnicas.

–Falas e ações constrangedoras, como piadas e brincadeiras sexistas, além de assédio moral e sexual. Para evitar assédios esforçavam-se por ficarem invisíveis. quando ascendiam na hierarquia da empresa, atribuíam tal fato a possíveis favores sexuais.

–Trajes e posturas, expectativa de que se vistam e comportem de modo a ficarem invisíveis como mulheres, espera-se que adotem postura análoga à masculina para serem visíveis exclusivamente como profissionais.

–Machismo e paternalismo, a discriminação pode se manifestar tanto no machismo quanto no paternalismo, na ‘proteção’.

–Preferência por homens nos estágios, seria comum aparecer a preferência por estudantes do sexo masculino; em vários lugares as vagas eram reservadas a homens, e quando mulheres conseguiam estágio, eram muito cobradas e desafiadas como se quisessem que desistissem.

–Negação da discriminação, a existência de discriminação de gênero não é reconhecida por todas: umas percebiam a discriminação, outras, mesmo vivendo episódios de discriminação, não o reconheciam como tal, outras simplesmente a negavam. Entendiam que, para se inserirem no campo, cabia-lhes ver a discriminação e as práticas de assédio como normais, como um tipo de pedágio a pagar para serem aceitas.

–Enfrentamento à discriminação, várias foram as formas descritas para enfrentar a discriminação: aceitar o machismo e o paternalismo como elementos ‘naturais’; assumir uma postura dura calcada no padrão masculino de comportamento, exigir mais de si própria em relação ao desempenho, se adiantando a uma possível discriminação, evitar o conflito.

Em relação à terceira etapa do estudo, que consistiu de um grupo focal formado pela moderadora e por sete participantes: uma engenheira eletricista, uma engenheira química, duas engenheiras civis, uma geógrafa, uma geóloga e uma engenheira florestal, as discussões foram guiadas por um elenco de questões, as quais foram elaboradas com base na literatura estudada na segunda fase deste trabalho.

Essas questões foram:

(1) Vocês percebem a engenharia, a agronomia e as demais áreas como um campo de domínio masculino? Concretamente, como esse domínio se manifesta?

(2) Vocês percebem uma divisão sexual do trabalho no exercício da profissão? Essa divisão baseada no gênero se dá de maneira diferente nas especialidades da engenharia (por exemplo, maior percentual de mulheres na Química e menor percentual de mulheres na Mecânica)? Essa segmentação pode ser percebida também nas atividades, mulheres nos escritórios e homens nas obras?

(3) Vocês percebem a existência de uma espécie de ‘teto-de-vidro’, que impede a ascensão de mulheres a cargos de comando nas empresas e instituições?

(4) A maternidade e os cuidados com a família comprometem a participação das mulheres no mercado de trabalho?

(5) Vocês se sentem discriminadas no ambiente de trabalho pelo fato de serem mulheres? Como a discriminação de gênero se manifesta nas relações de trabalho? Como vocês respondem à discriminação?

Da discussão dessas questões, destaca-se:

–A engenharia não seria mais tanto um campo masculino. A que pese um percentual ainda alto de homens no campo, as mulheres vêm conquistando seus espaços profissionalmente e gerencialmente.

–O número de mulheres no campo da engenharia ainda está abaixo da expectativa.

–As mulheres encontrariam resistência ainda no mercado de trabalho e dependendo da atividade: maior resistência para atividades no campo, e menor resistência para atividades em laboratório, pesquisa e magistério.

–A baixa participação feminina em instâncias de decisão em entidades associativas de classe, como o Clube de Engenharia, Crea e Confea.

–O baixo interesse das mais jovens de participarem em entidades associativas de classe.

–Na engenharia civil, a participação de mulheres nos cursos de graduação é quase proporcional à dos homens, mas, nos canteiros de obras o domínio ainda é masculino, desde o estágio até a contratação do profissional formado. Para as obras, contrata-se preferencialmente homens, e as mulheres, quando são contratadas, o são para o escritório.

–Na geografia, existe um predomínio masculino no exercício da profissão de geógrafo. No entanto, no exercício da docência, em todos os níveis (fundamental, médio e superior), o predomínio é feminino.

–Na geologia, nos cursos de formação, as presenças masculinas e femininas são equivalentes, praticamente. O mesmo não acontece no mercado de trabalho, onde há nichos femininos e nichos masculinos, onde a presença feminina é quase interditada, como nas áreas de minas e mineração. Rara também é a presença feminina em cargos de gerência em geologia.

–Nas escolas de engenharia, o número de mulheres está se aproximando do número de homens, mas o mesmo não acontece no mercado de trabalho, o que se pode atribuir aos compromissos familiares que são encargo das mulheres.

–No serviço público não se percebe uma divisão sexual do trabalho devido a uma maior participação feminina.

–Em construtoras, as mulheres costumam ser alocadas no setor de qualidade pelas suas características ‘femininas’.

–Desqualificação do saber feminino em canteiros de obras.

–É mais difícil para as mulheres ascenderem a cargos de gerência. E para o conseguirem, têm que ser excepcionais.

–A divisão sexual do trabalho não se faz sentir na área da engenharia química, principalmente em laboratórios de pesquisa.

–Há uma divisão sexual do trabalho na geologia no que tange às especializações dentro da área.

–Há uma divisão sexual do trabalho na geografia, com concentração de mulheres na docência.

–Discriminação na literatura técnica.

–Uso, por algumas mulheres, de outros recursos além dos técnicos e profissionais para ascenderem em suas carreiras, e ultrapassarem o teto de vidro.

–Os cuidados com os filhos e com o lar como elementos que justificariam o teto de vidro.

–A carência e a necessidade de políticas e legislação de apoio às mulheres que são mães e querem se inserir no mercado de trabalho.

–O difícil equilíbrio entre home office e a família. Estar trabalhando em casa e, por isso, ser solicitada pelos filhos ou se sentir na obrigação de realizar trabalhos domésticos, o que não aconteceria se estivesse trabalhando na empresa ou instituição, o que vem a comprometer a produtividade. Isso acabaria justificando o teto de vidro.

–Empresas discriminam mulheres pelo fato de ou serem mães ou terem a possibilidade de o serem.

–Mulheres discriminam mulheres pelo fato de ou serem mães ou terem a possibilidade de o serem.

–Necessidade de amparo do Estado, através de creches, para que as mulheres possam participar do mercado de trabalho.

–A opção por carreiras, como a docência, para poder equilibrar os compromissos familiares e o trabalho.

–As mulheres assumem para si as tarefas próprias de cuidado com os filhos e com o lar.

–As mulheres devem se ver como vencedoras, por terem passado pelos obstáculos que os cuidados com a família impuseram e impõem, e terem seguido com suas carreiras.

–O adiar ou o término da graduação ou a inserção no mercado de trabalho para ter e cuidar dos filhos; ou, ao contrário, adiar a gravidez para finalizar a graduação e se inserir no mercado de trabalho.

–Sentem-se discriminadas quando perguntadas sobre questões biológicas próprias às mulheres.

–Sentem-se discriminadas quando suas falas, em reuniões de trabalho, são desqualificadas.

–A discriminação pode se manifestar através de piadas e brincadeiras desrespeitosas e sexistas.

–A discriminação se manifesta através de críticas às suas qualificações profissionais, pela dificuldade em serem ouvidas em reuniões técnicas.

–A discriminação se manifesta através de críticas ao modo de vestir: engenheiras não deveriam se vestir com trajes femininos.

–Discriminação de colegas de trabalho, que não aceitam ser chefiados por mulher; discriminação dos hierarquicamente superiores, que desqualificam o trabalho de mulheres.

–Discriminação que vai além de brincadeiras e piadas, que se manifesta por ameaças físicas.

–A discriminação velada, difícil de reconhecer.

–Discriminação velada, quando valoriza questões tidas como caracteristicamente femininas, elogios que reforçam a clivagem homem-mulher.

–Discriminação que vêm de outras mulheres, não só de homens.

–Respondem à discriminação criando uma espécie de escudo protetor.

–Enfrentam a discriminação convivendo com os homens que exercem a mesma profissão ou que participam da mesma entidade associativa, chamando-lhes a atenção para as piadas e brincadeiras sexistas e procurando interagir com eles tanto no espaço institucional quanto no público ou social.

Este estudo contribui para dar conhecimento da composição dos registrados no Crea-RJ, da produção acadêmica brasileira sobre formação e atuação de engenheiros e afins de 1986 a 2022 e de como os temas que dizem respeito às particularidades das atuações das profissionais mulheres são percebidos por um conjunto de profissionais.

Por Yasmin Juliace e Maria Salet Ferreira Novelino // Crea-RJ

Fonte: Fisenge

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