Os funcionários da Cohapar adiaram a greve por reajuste salarial atrasado. A decisão leva em consideração a ampliação da mesa de negociação com o intuito de que o pagamento possa ocorrer o mais breve possível. A posição da Cohapar é de retomada dos diálogos somente em janeiro de 2023. Por outro lado, a categoria entende que o debate pode começar até novembro. Dentro dessa perspectiva, os sindicatos se reuniram com Noberto Ortigara, secretário de estado e interlocutor do governador Ratinho Junior.
No encontro, Sindaspp, Senge-PR, Ney, presidente da Associação dos funcionários e Dalton, do comando dos funcionários, levaram as demandas dos trabalhadores. Eles levaram a mensagem que o impasse jurídico e de parecer pode ser resolvido com diálogo e vontade política nos próximos meses.
Recuo estratégico
A não deflagração da greve levou em consideração a conjuntura política. Um parecer da PGE alegou que não poderia ser concedido reajuste neste momento. O posicionamento não fechou as portas para uma reposição da data-base atrasada e de outras pendências financeiras. Diante disso, a categoria deliberou pelo adiamento da paralisação.
O resultado da votação na sede contabilizou 70 votos favoráveis à greve e 55 não à greve. Ainda se somou 1 voto em branco, 48 ausentes e 16 em férias. O placar apertado foi alvo de avaliação com cada regional e se levou em consideração o equilíbrio da votação para deliberar sobre qualquer encaminhamento.
Consequentemente, às 13h30 do dia 21 de setembro foi realizada reunião com o comando de greve, criado desde 22 de julho, e que contou com um representante de cada regional.
“Avaliamos que para sair em greve, esta teria de ser forte e duradoura, porque teríamos que mudar o parecer da PGE (Procuradoria Geral do Estado), contrário a pagar os 11,9%. Neste momento, não valeria o desgaste do movimento e a exposição dos trabalhadores. Discutida essa questão no comando, optou-se por recuar neste momento e continuar as negociações após as eleições de outubro”, esclarecem as entidades e comando de greve.