Entre presidente e presidente, mas a política de preços da Petrobras não muda. Preço do barril atrelado ao dólar e maior participação dos lucros para os acionistas. A consequência: o preço não para de subir na bomba e a distribuição de dividendos bate recorde atrás de recorde. Um novo reajuste foi anunciado enquanto isso, no primeiro trimestre de 2022, a empresa atingiu R$ 44,5 bilhões de lucro.
Embora o Governo do Brasil seja o maior acionista da empresa com direito a indicar a presidência e 7 cadeiras dos 11 membros do conselho, a política voltada para os interesses do mercado financeiro mudou na gestão Michel Temer (MDB) e foi mantida no governo Jair Bolsonaro (PL).
A questão que se levanta é: por que a gestão da empresa de capital aberto não considera os interesses da nação e a soberania nacional? É correto afirmar que alterar a dependência do mercado é uma interferência do governo? O Brasil realmente precisa importar petróleo e é possível reverter o modelo, investindo ainda mais na tecnologia e no conhecimento nacional?
Esses mitos e verdades serão comentados pelo geólogo e ex-Diretor de Exploração da Petrobras entre 2003 a 2012, Guilherme Estrella, conhecido como “pai do pré-sal no Brasil”. Para o especialista, cada vez mais a Petrobrás deixa de ser uma empresa de exploração para se tornar um fundo de investimento.
“O fim do marco regulatório, que colocava a Petrobras como operadora única, rompeu com um dos pilares do que é uma empresa estatal. E ao isentar as empresas operadoras de impostos de importação, mataram o conteúdo nacional, a nossa política de desenvolvimento industrial. Deixou de ser uma empresa petrolífera no governo [Michel] Temer e este governo a transformou num fundo de investimento”, declarou certa vez.
ABORDAGENS
- A Petrobras ainda é pública?
- O Brasil precisa importar petróleo?
- O governo pode intervir na empresa?
- O mercado manda na Petrobras?
- O Brasil não consegue competir no mercado internacional?
COLETIVA DE IMPRENSA
A coletiva de imprensa acontece na sede do Sindicatos dos Engenheiros no Estado do Paraná, a partir das 16H00 do dia 16 de maio. Estrella vai expor suas ideias sobre a o papel da Petrobras no cenário eleitoral e na crise provocada pela Guerra na Ucrânia. A coletiva terá transmissão ao vivo na página do Senge-PR, Sindipetro, CUT e CTB e perguntas feitas pelos jornalistas.
Às 17h00, a conversa com Estrella com dirigentes, centrais sindicais e partidos. O objetivo é debater a importância da soberania nacional.
CURRÍCULO: Clique e confira currículo de Guilherme Estrella
REALIZAÇÃO
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